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Porque deixaram de produzir UMM's ???

Palu

UMM
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19 Ago 2006
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Viva a todos.

Hoje estava a tentar convencer um colega de trabalho a adoptar um UMM, e no meio da conversa ele pergunta porque deixaram de os produzir.

Bem... (...) grande branca.
Tentei dar algumas explicações, mas acabei por eu mesmo perceber que não sei. Tenho umas ideias meio diluídas apanhadas algures em conversa de café, mas gostava de conhecer a história toda.

Alguém me sabe explicar?

Obrigado a todos.
UMM abraço!


Já fui contaminado!!!
 

batrakiu

UMM
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11 Jun 2009
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Kyrgyzstan
Olá, uma das razões que eu ouvi por ai foi a substituição dos UMM's da GNR e da Guarda Fiscal pelos Patrol produzidos em Espanha, logo as encomendas cairam muito e a produção deixou de ser viavél.
Mas julgo haver mais motivos, quem os souber que se chegue á frente...

André Santos
UMM Alter Turbo 91
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nunumm

UMM
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30 Mar 2006
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muito, muito resumido... má gestão interna aliada a uma promessa do governo de apoio financeiro que acabou por não vir, esta última protagonizada pelo actual Presidente da Républica.
Por causa disso é que se optou por comprar a frota a outro país... Espanha.
 

show_time

UMMzão
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9 Dez 2008
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Boas!

E a morte de um dos socios?

cUMMps

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UMM - Vencedor por Natureza - Vencedor na Natureza - UMM
 

Palu

UMM
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19 Ago 2006
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Viva a todos.

Obrigado pelas respostas e Bruno obrigado pelo link. Com o título que tem é impossível saber que lá existe alguma informação...;)

Pois...., mas é mais do mesmo. Um diz uma coisa, outro diz outra e nota-se que um ou outro membro tem informação mais séria, no entanto continua à volta da mesma conversa de café.

Se por exemplo sempre se fizer uma peça para o telejornal sobre o encontro no Porto do dia 9/1/2011 e o jornalista fizer a pergunta, não sei se haverá alguém com capacidade para lhe responder.

Apesar de ter lido o outro tópico continua a saber-me a pouco. É estranho como foi à pouco tempo do ponto de vista histórico e não haja ninguém que saiba mesmo com factos o que se passou.

Agora que havia má gestão, isso é óbvio. Basta olhar para o desenho do alter III... (teria sido um desenho feito pelo sobrinho do dono e que este aproveitou?)

As linhas do UMM são lindas. Basta ver alguns esboços feitos sobre o UMM do futuro que um colega nosso tem por aqui para se começar a "sonhar"...

Bem..., estou a ver que vou ter de esperar que algum dia apareça a informação no wikileaks.

cUMMprimentos a todos.


Já fui contaminado!!!
 

PedroUMM

UMMzão
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31 Mar 2006
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Sempre foi um dado adquirido que a UMM encerrou por três grandes razões no meio de uma serie de problemas.
Primeira razão foi a pressão política feita por Mira Amaral e Cavaco Silva(principais destruidores).
Segunda razão foi o vício no concurso de, salvo erro, 1991/1992 em que o Entreposto Lisboa SA, do qual era accionista o "Pai do todo o terreno em Portugal", ganhou à UMM SA o fornecimento das Forças Armadas com o Patrol que era quase mil contos mais caro e não era produzido em Portugal. Aqui aconteceu um dos maiores pontapés da nossa Constituição.
Terceira razão e provavelmente a que menos decisão teve foi a má gestão aliado ao facto de a UMM ter tido como parceiro um grupo de investimentos que deixa muitas dúvidas sobre as suas acções.
Isto tudo no meio de algo como desvios de material, de carros, etc. etc. etc. Aqui à umas semanas um Sr do mundo automóvel, com profundos conhecimentos da industria automóvel nacional estando ele próprio nesse mercado me disse em conversa pessoal que uma boa parte dos UMM's que competiram nunca foram pagos por quem os adquiriu.

Ora, como o fim de produção da UMM envolve os nomes do Presidente e do Pai do TT já nada é certo e são apenas conversas de café... Por isso é que um tem maiorias e o outro é idolatrado, sendo certo que ambos beneficiaram financeiramente que a UMM deixasse de produzir UMM's.

 

batrakiu

UMM
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11 Jun 2009
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Se me permitem:

Eu tenho uma pequena empresa, e hoje há trabalhos que eu já não os executo porque deixaram de ser viavéis, outros dão mais dores de cabeça que lucros e uma empresa vive de numeros.
Se a determinada altura a produção de veiculos deixou de ser viavél para a UMM eles simplesmente optaram por outras vertentes comerciais, e a prova disso é que hoje a UMM é uma empresa solida e em expanção na sua aréa de mercado.

André Santos
UMM Alter Turbo 91
Altura - Algarve
 

I AM UMM

UMM
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27 Jan 2009
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Boas a tod@s,

Para responder a essa pergunta deveria começar a contar uma história com início a 4 de Julho de 1977 numa empresa que tinha como objecto “a indústria metalomecânica, com o comércio e o fabrico de tudo que a essa indústria respeita...”.

A iniciativa muito voluntarista dos irmãos José Manuel e João Maria Baptista da Silva, associados a elementos do Grupo Espírito Santo que, liderados pelo Dr. Manuel Ricardo Pinheiro Espírito Santo Silva, levaram ao lançamento de um veículo de nicho que se devidamente apoiado pelas autoridades nacionais gestoras de frotas públicas, poderia ter sido um efectivo sucesso.

Com efeito, a UMM lançou no mercado, nos cerca de 15 anos de actividade no domínio da construção e montagem de veículos Todo-o-Terreno, cerca de 25 000 unidades (entidades independentes referem-se a que tenham sido apenas cerca de 15 000 unidades).

Qualquer das viaturas que produziu – inicialmente os modelos CPE (Cournil Porta Estreita) e CPL (Cournil Porta Larga), seguidos do ALTER I e finalmente daquele que mais aceitação teve, o ALTER II – cumpriu minimamente os propósitos do respectivo conceito, devendo-se o seu menor êxito e o seu insucesso final (cerca de 1995) ao tradicional alheamento que as autoridades nacionais (responsáveis por aquisições frotistas de grandes séries) revelam relativamente às produções nacionais. Muito embora a UMM tenha chegado a equipar o Exército, a GNR e até mesmo a EDP...não lhe foi possibilitada que equipasse outros ramos das forças armadas, nem a prática prosseguiu por parte dos anteriores adquirentes, embora a viatura mantivesse e até melhorasse as características funcionais e de manutenção que aconselhavam a continuidade da sua utilização.

Por outro lado, modificações drásticas no pacto social, com afastamento das entidades que emprestavam à marca uma elevadíssima credibilidade, aliadas à prevista alteração da motorização da viatura, e à negociação infeliz (com o Ministério da Indústria e Energia) de um projecto em que o respectivo licensor – ou simplesmente “parceiro de mecânica” – era desconhecido, conduziram a UMM para a situação de inactividade (ou quase) em que se manteve durante alguns anos. Inicialmente as viaturas eram produzidas e montadas nas instalações da MOVAUTO (que encerraram em 1992), utilizando motorizações Peugeot, marca representada em Portugal pela MOCAR, organização comercial de grande capacidade e projecção que era então possuída pelo Grupo económico já referido. Mas a produção chegou a ser efectuada quer na MOVAUTO, quer em Vendas Novas, nas instalações industriais da Baptista Russo, onde os últimos veículos foram montados após o encerramento da MOVAUTO.

O ano de 1992 deverá ter apresentado o pico máximo da produção, com 2.300 veículos, e 1993 é o palco das últimas montagens, com cerca de 300/500 ALTER II. A separação dos interesses do núcleo familiar Baptista da Silva do Grupo Espírito Santo (via MOCAR), originou ainda, com liderança deste último, o lançamento de um modelo em dimensões natural e de um protótipo completo do ALTER IV (o nosso GIL), viatura modernizada que não chegou a entrar em produção.

O núcleo familiar Baptista da Silva titula uma candidatura ao PEDIP II, com vista à recuperação da produção da viatura, ensaiando um projecto de engineering de componentes em cooperação com o INETI e os respectivos fornecedores. A não aprovação deste projecto determinou a não viabilidade na continuação da produção e comercialização de UMM's.

Este caso, cheio de vicissitudes e relativo insucesso, deveria ser alvo de um aprofundado estudo, por ser demonstrativo do completo alheamento das instituições governativas nacionais relativamente a uma iniciativa meritória a todos os títulos e para quem nunca foi desenhada uma política de preferência que viabilizaria a existência e a continuidade na produção de uma viatura nacional catalisadora de actividades interessantes, nomeadamente de I & D.

Como não gosto de história acusatórias porque sabemos o que aconteceu mas não todos os factos que determinaram os acontecimentos deixo resumidamente a visão de alguém que já não se encontra entre nós e que foi actor em alguns dos momentos acima relatados pelos cargos públicos que exerceu e pela relação com a industria automóvel e de componentes automóvel nacional.

Adaptado de História do Sector Automóvel em Portugal (1895-1995) de Luís Palma Féria Fevereiro 1999
 

aloevera

UMMzão
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2 Mai 2008
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Leonor,

Fizeste-me fazer log in devido ao teu
ultimo post.
Sem duvida que muitos proprietarios UMM leiam e ate facam copy n paste la para uma pasta ou documento nos ficheiros UMM no seu comp***dor.
Como fiz em marco de este ano uma entrevista de 2 horas com o ex importador e distribuidor UMM para o reino unido - ambos na primeira pessoa, gostava tambem de prometer palavras mais pessoais de alguem do grupo espirito santo/mocar, gostava tambem se o tempo livre da pessoa assim o permitir "perder" assim umas duas horas como "perdi" com o ex importador UMM para o UK

Sao sempre materias um pouco delicadas de abordar (nao para nos, mas para os envolvidos)
Um bom post e contributo o do Mario!

Talvez agora com "sangue novo" e esquecidas determinadas coisas - talvez se pense em UMM's pelos UMM's.
Vou fazer figas entao para um dia fornecer as visoes e in loco de mais alguem.

Leonor muito bom post!

Ate breve
Carlos Pires


 
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