Boas ....
Como o nome do próprio tópico indica, este tópico vai servir para mostrar aqui o desenrolar de todo um processo de restauro de um Cournil de 1983, servirá também obviamente para partilha de experiências e de ideias e como tal estarei aberto a toda e qualquer ideia que possa contribuir para o enriquecimento do restauro em si.
Posta a ideia principal deste tópico começo por explicar a minha relação com a marca UMM
-Desde cedo que nutro algum sentimento especial pelos 4x4 em relação a outro tipo de viaturas, talvez se deva também à zona onde habito e da abundância dos 4x4 por estas zonas sejam jipes ou pick ups, e logo percebi que um dia assim que me fosse possível teria de adquirir uma viatura do tipo
Entretanto não sei bem explicar porquê surgiu a UMM, uma marca Portuguesa, de todos nós e certo dia percebi que teria de ter um jipe mas não podia ser um jipe qualquer, teria de ser um UMM.
Entretanto após tirar a carta e comprar um carro comercial e económico que servisse o dia a dia, começou a busca por um UMM
Conhecia alguns na região e comecei a contactar com os proprietários, todos eles estavam imobilizados e todos eles com "problemas"
-Uns em estado viavél porém sem documentos devido às mais variadas razões
-Outros que simplesmente não queriam vender e preferiram que apodrecessem ou então envia-los para a sucata
-Outros apenas viavéis para dadores e sem condições para restauro viável e que não fosse dispendiosamente absurdo
E eis então que encontrei o Cournil
Cujo a história conheço até certa parte:
Comprei o Cournil a um associação de caçadores sediada em Vila Viçosa, cujo não tinha os documentos em sua posse, eles tinham comprado o jipe para uso dentro da reserva e por isso "fora de estrada" e acabaram por ir adiando a regularização dos documentos até que ficou esquecida, porém possuíam boa relação com o anterior proprietário com o qual foram acordando sobre os pagamentos do IUC e isso sempre esteve em dia.
Aquando da compra por mim, imediatamente entraram em contacto com o anterior proprietário para que se efetuasse a regularização dos documentos já para meu nome, e o mesmo sempre se mostrou disponível e aberto para regularizar toda a situação, ao qual ainda devo o almoço que está prometido e apenas não cumprindo pelas circunstâncias atuais de Covid não o terem vindo a permitir.
Foi necessário ainda pedir uma segunda via devido a não se saber do paradeiro do DUA, do qual o mesmo não aceitou que fosse eu a pagar a segunda via e apenas paguei a mudança de nome e ele assumiu a segunda via do DUA.
Em conversa com esse mesmo proprietário, foi-me dito pelo mesmo que tinha comprado o jipe a uma empresa de mármores da região (MARMETAL) e que esse era o jipe usado pelos eletricistas para se deslocarem ao fundo da pedreira aquando era necessário reparações elétricas.
Comprou o jipe pois andava no momento a fazer uma obra em casa e o mesmo foi usado para transportar entulho e materiais de construção, e que lhe fez 2 buracos na traseira ( que já confirmei e estão lá), dado que lavava o seu interior à mangueira e eram esses buracos usados para que a água escoasse
Confidenciou-me que possuiu também mais tarde um Alter comprado á mesma empresa que teve a capota em chapa arrasada por um cabo de aço que se partiu na pedreira, mas fora a capota todo o jipe estava em bom estado, aquando lhe perguntei do paradeiro desse jipe, disse-me infelizmente que após alguns dissabores e avarias acabou por vender para a sucata
Aqui o dia que fui carregar o jipe, algures dentro do mato pertencente à reserva de caça á qual o comprei, onde esteve alguns anos debaixo de uma árvore votado ao abandono, porém dias melhores chegaram.
Após informar-me junto de um centro de inspeções a sua última inspeção data de 2004, porém tudo está regular e basta apenas quando concluído apresenta-lo num centro de inspeções para efetuar a mesma.
-Aqui já a porta da futura casa mãe.
(Nem imaginam a ginástica que foi trazer por caminhos apertados do mato até ao alcatrão cerca de tonelada de meia rebocada por uma pick up 2WD, porém a Raça TOYOTA também não verga e nem vira costas a bons desafios, mas depois de chegada ao alcatrão foi peanuts os cerca de 20kms até casa)
Sabendo já que o UMM estava avariado mas sem saber o motivo ou qual a avaria, ainda tentei rodar o motor de forma manual mas não foi possível.
Entretanto removi o motor fora, abri e cheguei conclusão que estava gripado
Um dos vedantes das camisas começou a deixar passar água para o Cárter o que fez com que o nível no cárter aumentasse com uma mistura de Água/oleo, e o que não ajudou foi o facto do jipe pertencer a uma reserva de caça (manutenções para esquecer, Vários condutores muitos deles descuidados, um sem fim de ações que desprezavam a manutenção e não ajudaram à rápida deteção da avaria), foi tarde quando deram conta.
O motor começou a ser lubrificado por uma mistura água/óleo o que não ajudou,e os cilindros 1 e 4 acabaram por gripar e agarrar na cambota.
Levando agora que seja necessário retificar a antiga (caso seja possível e possua cota possível para retificação) ou seguir em busca de uma nova cambota (Rara nestes tempos por ser o motor XDP 4.90).
Ainda não decidi o que fazer quanto á situação da avaria no motor porém o resto do restauro irá prosseguir em diante e para complementar este velho Cournil já adquiri umas jantes Manguels, um kit de direção assistida completo e um suporte de roda suplente, assim como a travagem de disco, todos os elementos provenientes de um irmão mais novo Alter 2.
Já possuo o Cournil desde Setembro de 2020 mas devido a situações da vida que me roubaram algum tempo e felizmente não por questões monetárias, o restauro ainda não evoluiu muito mas conto arrancar mais em força este verão que agora se aproxima.
Não era o que idealizava, sempre preferi que o UMM que adquirisse um dia fosse um Alter mas apareceu o Cournil e será tratado com o mesmo carinho como se de um irmão seu mais novo se tratasse.
UMM Cournil 2.1D
Novembro de 1983
Motor XDP 4.90 (Gripado)
Ficam mais algumas fotos do Cournil
E espero ter novidades em breve
Mais digo que estou aberto a ideias, opiniões quanto a alterações para outro motor ou o que quer que seja que possa contribuir para o sucesso e melhor deste restauro.
Cumprimentos do Alandroal para o mundo UMM
Como o nome do próprio tópico indica, este tópico vai servir para mostrar aqui o desenrolar de todo um processo de restauro de um Cournil de 1983, servirá também obviamente para partilha de experiências e de ideias e como tal estarei aberto a toda e qualquer ideia que possa contribuir para o enriquecimento do restauro em si.
Posta a ideia principal deste tópico começo por explicar a minha relação com a marca UMM
-Desde cedo que nutro algum sentimento especial pelos 4x4 em relação a outro tipo de viaturas, talvez se deva também à zona onde habito e da abundância dos 4x4 por estas zonas sejam jipes ou pick ups, e logo percebi que um dia assim que me fosse possível teria de adquirir uma viatura do tipo
Entretanto não sei bem explicar porquê surgiu a UMM, uma marca Portuguesa, de todos nós e certo dia percebi que teria de ter um jipe mas não podia ser um jipe qualquer, teria de ser um UMM.
Entretanto após tirar a carta e comprar um carro comercial e económico que servisse o dia a dia, começou a busca por um UMM
Conhecia alguns na região e comecei a contactar com os proprietários, todos eles estavam imobilizados e todos eles com "problemas"
-Uns em estado viavél porém sem documentos devido às mais variadas razões
-Outros que simplesmente não queriam vender e preferiram que apodrecessem ou então envia-los para a sucata
-Outros apenas viavéis para dadores e sem condições para restauro viável e que não fosse dispendiosamente absurdo
E eis então que encontrei o Cournil
Cujo a história conheço até certa parte:
Comprei o Cournil a um associação de caçadores sediada em Vila Viçosa, cujo não tinha os documentos em sua posse, eles tinham comprado o jipe para uso dentro da reserva e por isso "fora de estrada" e acabaram por ir adiando a regularização dos documentos até que ficou esquecida, porém possuíam boa relação com o anterior proprietário com o qual foram acordando sobre os pagamentos do IUC e isso sempre esteve em dia.
Aquando da compra por mim, imediatamente entraram em contacto com o anterior proprietário para que se efetuasse a regularização dos documentos já para meu nome, e o mesmo sempre se mostrou disponível e aberto para regularizar toda a situação, ao qual ainda devo o almoço que está prometido e apenas não cumprindo pelas circunstâncias atuais de Covid não o terem vindo a permitir.
Foi necessário ainda pedir uma segunda via devido a não se saber do paradeiro do DUA, do qual o mesmo não aceitou que fosse eu a pagar a segunda via e apenas paguei a mudança de nome e ele assumiu a segunda via do DUA.
Em conversa com esse mesmo proprietário, foi-me dito pelo mesmo que tinha comprado o jipe a uma empresa de mármores da região (MARMETAL) e que esse era o jipe usado pelos eletricistas para se deslocarem ao fundo da pedreira aquando era necessário reparações elétricas.
Comprou o jipe pois andava no momento a fazer uma obra em casa e o mesmo foi usado para transportar entulho e materiais de construção, e que lhe fez 2 buracos na traseira ( que já confirmei e estão lá), dado que lavava o seu interior à mangueira e eram esses buracos usados para que a água escoasse
Confidenciou-me que possuiu também mais tarde um Alter comprado á mesma empresa que teve a capota em chapa arrasada por um cabo de aço que se partiu na pedreira, mas fora a capota todo o jipe estava em bom estado, aquando lhe perguntei do paradeiro desse jipe, disse-me infelizmente que após alguns dissabores e avarias acabou por vender para a sucata
Aqui o dia que fui carregar o jipe, algures dentro do mato pertencente à reserva de caça á qual o comprei, onde esteve alguns anos debaixo de uma árvore votado ao abandono, porém dias melhores chegaram.
Após informar-me junto de um centro de inspeções a sua última inspeção data de 2004, porém tudo está regular e basta apenas quando concluído apresenta-lo num centro de inspeções para efetuar a mesma.
-Aqui já a porta da futura casa mãe.
(Nem imaginam a ginástica que foi trazer por caminhos apertados do mato até ao alcatrão cerca de tonelada de meia rebocada por uma pick up 2WD, porém a Raça TOYOTA também não verga e nem vira costas a bons desafios, mas depois de chegada ao alcatrão foi peanuts os cerca de 20kms até casa)
Sabendo já que o UMM estava avariado mas sem saber o motivo ou qual a avaria, ainda tentei rodar o motor de forma manual mas não foi possível.
Entretanto removi o motor fora, abri e cheguei conclusão que estava gripado
Um dos vedantes das camisas começou a deixar passar água para o Cárter o que fez com que o nível no cárter aumentasse com uma mistura de Água/oleo, e o que não ajudou foi o facto do jipe pertencer a uma reserva de caça (manutenções para esquecer, Vários condutores muitos deles descuidados, um sem fim de ações que desprezavam a manutenção e não ajudaram à rápida deteção da avaria), foi tarde quando deram conta.
O motor começou a ser lubrificado por uma mistura água/óleo o que não ajudou,e os cilindros 1 e 4 acabaram por gripar e agarrar na cambota.
Levando agora que seja necessário retificar a antiga (caso seja possível e possua cota possível para retificação) ou seguir em busca de uma nova cambota (Rara nestes tempos por ser o motor XDP 4.90).
Ainda não decidi o que fazer quanto á situação da avaria no motor porém o resto do restauro irá prosseguir em diante e para complementar este velho Cournil já adquiri umas jantes Manguels, um kit de direção assistida completo e um suporte de roda suplente, assim como a travagem de disco, todos os elementos provenientes de um irmão mais novo Alter 2.
Já possuo o Cournil desde Setembro de 2020 mas devido a situações da vida que me roubaram algum tempo e felizmente não por questões monetárias, o restauro ainda não evoluiu muito mas conto arrancar mais em força este verão que agora se aproxima.
Não era o que idealizava, sempre preferi que o UMM que adquirisse um dia fosse um Alter mas apareceu o Cournil e será tratado com o mesmo carinho como se de um irmão seu mais novo se tratasse.
UMM Cournil 2.1D
Novembro de 1983
Motor XDP 4.90 (Gripado)
Ficam mais algumas fotos do Cournil
E espero ter novidades em breve
Mais digo que estou aberto a ideias, opiniões quanto a alterações para outro motor ou o que quer que seja que possa contribuir para o sucesso e melhor deste restauro.
Cumprimentos do Alandroal para o mundo UMM
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