Dinis
Insonorizar um UMM é a mesma coisa que tentar fazer todo o terreno com um Land-Rover [
é difícil.
Mas... Para o trabalho ser bem feito dever-se juntar a insonorização ao isolamento térmico aproveitando uma altura em que a viatura tenha que sofrer uma grande reparação, dizemos grande reparação pois motor e caixas têm que sair fora. A não ser que o meu amigo se disponha à tarefa apenas com este fim.
Dizemos isso porque as zonas que vão ser desisoladas (tirar a porcaria que lá esta e que perdeu eficiência) e isoladas novamente, estão invariavelmente cheias de gordura de todo o género, são de difícil acesso e vendo bem as coisas quando se faz um trabalho qualquer é para ser bem feito e não andar de rabo para o ar outra vez passados 3 dias.
Quando se quer isolar, em termos sonoros, um compartimento, o que se deseja é que as partículas de ar em movimento (o som) sejam absorvidas por um material destinado a esse fim, tendo grande dificuldade em o ultrapassar e se o fizerem venham de tal forma amortecidas que já não causem incomodo.
Os nossos carros são autênticas caixas de ressonância, com pré-amplificadores (veja-se as cavas das 4 rodas!) e superfícies direitas que podem vibrar livremente. Tudo isso nos leva a um certo trabalho de planeamento lógico para termos um resultado satisfatório.
Tendo o carro sem motor e caixas, há que limpar/desengordurar :blush: e retirar todo e qualquer material velho que ainda esteja lá colado, em todas as superfícies que separam o habitáculo do compartimento motor :astonished:, isto inclui as paredes verticais ao lado Dtº dos pedais e no lado Esq. do pendura, cavas das rodas da frente (na zona da chapa dos pisa-pés, capot, tampa separadora do motor, tampa da cx. e cx. de transferência e todas as superfícies horizontais e verticais até ao fim da caixa de transferência (vertical das costas dos bancos condutor/pendura) entre os dois chassis. Serão esses os locais que irão ser isolados mais fortemente. Se quisermos ir mais além pode-mos fazer um isolamento suplementar nos interiores do tablier e na parte de baixo porta-luvas e prateleira do pendura (Cournil, lado de dentro do carro), interior das portas.
Como vamos aplicar material que vai ficar eventualmente em contacto com óleos, combustível (não deveria ser!) e peças que trabalham a temperaturas elevadas, temos que pensar com a cabeça muito fria. A escolha desse isolante terá que ter em conta que não deverá arder facilmente, que irá ser lavado e que não deverá ensopar nem acumular lama/lixo. Se o fizer começará a tornar-se rijo e a transmitir ruído para o interior. As cavas das rodas da frente deverão levar material plástico pistolável antes dos quadrados de material isolador. Nas cavas de roda de trás bastará o material plástico aplicado à pistola,
De tudo o que vi, que perfaz as nossas plenas necessidades, embora seja caro, é uma borracha negra tipo esponja usada em isolamentos térmicos/acústicos. Esta esponja é
lisa no seu exterior e rugosa no lado que irá colar à chapa (cola de contacto). Este material é vendido em placas e pode ter diversas espessuras. Casas que vendem material para estofadores também têm placas de feltros isoladores para o fim em vista.
Dinis a partir daqui é o que a bolsa permitir, a habilidade deixar e a imaginação engendrar.
Ao seu dispor
João