Começámos com gladiadores que nunca pisaram a arena, deixando o protagonismo da luta para "meninos do tambor" e guerreiros cegos pelo sonho de serem livres, mudámo-los de poiso nos poleiros do poder, e depois de bancarrota, FMI e demais continuámos com vendedores ambulantes que conseguiram vender até o que não tínhamos com promessas de desenvolvimento a custo zero (que mais não serviram para enriquecer meia dúzia de chicos-espertos que se tornaram nas faces dos "grandes grupos económicos"), demos crédito a quem furou o nosso bote salva-vidas e, de um governo que nos deixou de tanga, passámos para um que nos mandou às malvas, pois lá na CEE ganha-se mais, ficando o das discotecas e o das feiras a comprar submarinos e tirar fotocópias, acabamos com um pseudo-engenheiro de curso tirado ao Domingo que diz que estamos no caminho certo, enfim, temos o que merecemos, alguém os pôs lá...
Pergunto: Será que o raio do boletim de voto só tem dois quadrados?
Mesmo que sejam todos iguais, eu só volto á loja que me roubou se gostei de ser roubado, e se não gostar de nenhum voto em branco para mostrar que nenhum me serve ao invés de não pôr lá os pés, que é o mesmo que dizer que não me importo com quem me vai roubar, que este passeio de família em dia de eleições é mais importante que o meu futuro (e dos meus)!!
termino com uma citação que revela que noutros tempos havia quem já nos definisse muito bem
"Portugal não é um País, é um sítio. Ainda por cima, muito mal frequentado!"
Eça de Queiroz
UMM AbraçUMM
Paulo Rodrigues
Orgulhosamente sócio Clube UMM nº96