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Eduardo Filipe

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5 Dez 2010
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Júpiter
O professor Álvaro Santos Pereira (Universidade de Vancouver, Canadá) colocou ontem no seu blogue "Desmitos" um post que é obrigatório ler para perceber o que devíamos estar a discutir na campanha eleitoral. Aqui fica a reprodução:

Nos últimos dias, a "campanha" eleitoral tem sido constituida por um rol de "factos" que só servem para distrair os (as) portugueses (as) daquilo que naturalmente é essencial. E o que é essencial são os factos. E os factos são indesmentíveis. Não há argumentos que resistam aos arrasadores factos que estes governos nos legam. E para quem não sabe, e como demonstro no meu novo livro, os factos que realmente interessam são os seguintes:

1) Na última década, Portugal teve o pior crescimento económico dos últimos 90 anos

2) Temos a pior dívida pública (em % do PIB) dos últimos 160 anos. A dívida pública este ano vai rondar os 100% do PIB

3) Esta dívida pública histórica não inclui as dívidas das empresas públicas (mais 25% do PIB nacional)

4) Esta dívida pública sem precedentes não inclui os 60 mil milhões de euros das PPPs (35% do PIB adicionais), que foram utilizadas pelos nossos governantes para fazer obra (auto-estradas, hospitais, etc.) enquanto se adiava o seu pagamento para os próximos governos e as gerações futuras. As escolas também foram construídas a crédito.

5) Temos a pior taxa de desemprego dos últimos 90 anos (desde que há registos). Em 2005, a taxa de desemprego era de 6,6%. Em 2011, a taxa de desemprego chegou aos 11,1% e continua a aumentar.

6) Temos 620 mil desempregados, dos quais mais de 300 mil estão desempregados há mais de 12 meses

7) Temos a maior dívida externa dos últimos 120 anos.

8) A nossa dívida externa bruta é quase 8 vezes maior do que as nossas exportações

9) Estamos no top 10 dos países mais endividados do mundo em praticamente todos os indicadores possíveis

10) A nossa dívida externa bruta em 1995 era inferior a 40% do PIB. Hoje é de 230% do PIB

11) A nossa dívida externa líquida em 1995 era de 10% do PIB. Hoje é de quase 110% do PIB

12) As dívidas das famílias são cerca de 100% do PIB e 135% do rendimento disponível

13) As dívidas das empresas são equivalente a 150% do PIB

14) Cerca de 50% de todo endividamento nacional deve-se, directa ou indirectamente, ao nosso Estado

15) Temos a segunda maior vaga de emigração dos últimos 160 anos

16) Temos a segunda maior fuga de cérebros de toda a OCDE

17) Temos a pior taxa de poupança dos últimos 50 anos

18) Nos últimos 10 anos, tivemos défices da balança corrente que rondaram entre os 8% e os 10% do PIB

19) Há 1,6 milhões de casos pendentes nos tribunais civis. Em 1995, havia 630 mil. Portugal é ainda um dos países que mais gasta com os tribunais por habitante na Europa

20) Temos a terceira pior taxa de abandono escolar de toda a OCDE (só melhor do que o México e a Turquia)

21) Temos um Estado desproporcionado para o nosso país, um Estado cujo peso já ultrapassa os 50% do PIB

22) Institutos Públicos, 87 Direcções Regionais, 68 Direcções-Gerais, 25 Estruturas de Missões, 100 Estruturas Atípicas, 10 Entidades Administrativas Independentes, 2 Forças de Segurança, 8 entidades e sub-entidades das Forças Armadas, 3 Entidades Empresariais regionais, 6 Gabinetes, 1 Gabinete do Primeiro Ministro, 16 Gabinetes de Ministros, 38 Gabinetes de Secretários de Estado, 15 Gabinetes dos Secretários Regionais, 2 Gabinetes do Presidente Regional, 2 Gabinetes da Vice-Presidência dos Governos Regionais, 18 Governos Civis, 2 Áreas Metropolitanas, 9 Inspecções Regionais, 16 Inspecções-Gerais, 31 Órgãos Consultivos, 350 Órgãos Independentes (tribunais e afins), 17 Secretarias-Gerais, 17 Serviços de Apoio, 2 Gabinetes dos Representantes da República nas regiões autónomas, e ainda 308 Câmaras Municipais, 4260 Juntas de Freguesias. Há ainda as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, e as Comunidades Inter-Municipais.

23) Nos últimos anos, nada foi feito para cortar neste Estado omnipresente e despesista, embora já se cortaram salários, já se subiram impostos, já se reduziram pensões e já se impuseram vários pacotes de austeridade aos portugueses. O Estado tem ficado imune à austeridade

Isto não é política. São factos. Factos que andámos a negar durante anos até chegarmos a esta lamentável situação. Ora, se tomarmos em linha de conta estes factos, interessa perguntar: como é que foi possível chegar a esta situação? O que é que aconteceu entre 1995 e 2011 para termos passado termos de "bom aluno" da UE a um exemplo que toda a gente quer evitar? O que é que ocorreu entre 1995 e 2011 para termos transformado tanto o nosso país? Quem conduziu o país quase à insolvência? Quem nada fez para contrariar o excessivo endividamento do país? Quem contribuiu de sobremaneira para o mesmo endividamento com obras públicas de rentabilidade muito duvidosa? Quem fomentou o endividamento com um despesismo atroz? Quem tentou (e tenta) encobrir a triste realidade económica do país com manobras de propaganda e com manipulações de factos? As respostas a questas questões são fáceis de dar, ou, pelo menos, deviam ser. Só não vê quem não quer mesmo ver.

A verdade é que estes factos são obviamente arrasadores e indesmentíveis. Factos irrefutáveis. Factos que, por isso, deviam ser repetidos até à exaustão até que todos nós nos consciencializássemos da gravidade da situação actual. Estes é que deviam ser os verdadeiros factos da campanha eleitoral. As distracções dos últimos dias só servem para desviar as atenções daquilo que é realmente importante.

















 

PedroUMM

UMMzão
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31 Mar 2006
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Amigo Eduardo, na minha opinião, este texto é pura campanha política habitualmente feita por quem pratica essas próprias políticas, refiro-me concretamente à políticas liberais que algumas figuras querem impor a Portugal.

No entanto concordo total ou parcialmente com quase todos os pontos focados, só não concordo com o ponto 14, o qual alteraria para algo do género:
-Cerca de 130% do nosso endividamento externo deve-se ao sector privado, em especial ao sector financeiro e não propriamente ao peso do próprio Estado na economia. O Estado é apenas um mero instrumento que serve como desculpa às políticas praticadas.

Jamais se poderá dizer, também, que os portugueses vivem acima das suas possibilidades, é pura mentira, os portugueses são pobres, têm um salário médio de 750€, vergonhosamente esta média é influenciada pelos megestosos ordenados de quem realmente dirige, negativamente, este país. Também não nos podemos esquecer que temos 2 milhões de pobres e que destes, dois terços não estão desempregados, logo estão a empobrecer mesmo tendo um salário. É uma vergonha que neste país, patrões, sindicatos e governo andem às turras por um salário mínimo inferior a 500€ quando a realidade nos demonstra que o mesmo deveria ser superior a 700€.

O peso do Estado hoje em dia é muito inferior ao que era à 15 ou 20 anos atrás, logo não é por aí...
Mas há 20/25 anos atrás iniciou-se a grande manobra que levou a que as coisas atingissem o ponto de ruptura, liquidando o sector primário e secundário, acabando os governos da altura(Soares e Cavaco) com o sector pesqueiro e com a agricultura, nomeadamente com a Reforma Agrária e com o sector transformador destruindo empresas como a Siderurgia, Mague(lider mundial), Lisnave(lider europeu), a Setenave, a Previdente, Sorefame, sector químico, etc., industrias estas fortemente exportadoras e que traziam mais-valia ao nosso país.



Free2UMM
 

aloevera

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2 Mai 2008
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Alem de que sempre que viajo por Portugal vejo sempre os restaurantes cheios...
E tambem entendo que a "maquina do estado" e' bem pesada e mal administrada.

Nao mencionando os membros ca do forum nem ninguem em particular pois nao conheco nenhum estilo de vida ca dos membros pessoalmente so vos digo uma coisa, se passassemos por uma guerra, e tivessemos que racionar as coisas porque o pais estava de rastos isso e' que era bom....talvez aprendessemos uma coisa ou outra que parece que foram esquecidas ao longo dos anos.

Mas no domigo o "pessoal vai todo almocar fora"...portanto siiiiiga
(e' o pensar de muita gente)

17) Temos a pior taxa de poupança dos últimos 50 anos
 

PedroUMM

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31 Mar 2006
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E o direito à qualidade de vida? É só para alguns? Alguns presunçosos certamente! Aqueles que fornicaram o país e os que com eles se coadunam.

Um grande CONSELHO para ti:
-Vai dormir que o teu mal é sono...



Free2UMM
 

aloevera

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PedroUMM,

eu nao te ataquei....acho eu.
sera que te serviu a carapuca?
Nao creio pois do modo que escreves deve de estar tudo impecavel em casa e dentro do melhor possivel que a tua vida de permita.

Agora se nao ves os restaurantes que eu vejo sempre cheios por toda a parte entao eu devo de passar por certas zonas de Portugal onde tu nao passas.

viriato,
olha que tambem nao te ataquei...
e nao acho que esteja a falar sob o ponto de vista fascista e deprimente - ate o acho muito actual e real e mais nao era discurso era conversa.

Ate parece que o "FMI" te vai proibir de ir a tasca virar umas cucas....se calhar ate indirectamente ate vai.
Talvez passe a limitar mais as pessoas a gastar exclusivamente no que e' preciso....e somente no que e' preciso.
Ha duvidas que em Portugal se gasta ora aqui ora ali...sim vamos justificar que e' para "manter a economia activa"....pois.
E' o bolso individual que nao tem poupancas...repito o individamente do pais maioritariamente passa pela divida privada = individuos = contribuintes que na sua vida gastam a mais.

Nao e' o vosso caso optimo.
Eu nem apontei dedos...so estava a lembrar...
Mas obrigado pelas vossas respostas prontas e rapidas...

Recomendo muito creme de aloevera
Pois se nao tem mais nada que fazer arranjem...agora facam um favor nao se chateiem comigo.

Abraco a todos
CP


 

PedroUMM

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31 Mar 2006
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quote:Originally posted by viriato

quote:Originally posted by PedroUMM

E o direito à qualidade de vida? É só para alguns? Alguns presunçosos certamente! Aqueles que fornicaram o país e os que com eles se coadunam.

Um grande CONSELHO para ti:
-Vai dormir que o teu mal é sono...



Free2UMM

É isso mesmo Pedro, temos de começar a desmascarar estes discursos fascisoides deprimentes. Até parece que o fMI me vai proibir de ir à tasca virar umas cucas.

Cumprimentos a todos,

-joão pereia-

Ora nem mais.

Abraço



Free2UMM
 
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Tuvalu
quote:Originally posted by PedroUMM

-Cerca de 130% do nosso endividamento externo deve-se ao sector privado

Pedro explica lá esta melhor pois acho que meteste os pés pelas mãos... aritmeticamente falando:):)

Contrariamente ao que se diz a janela temporal em grande parte dos factos até está bem aplicada pois mostra e bem onde começou e quem os verdadeiros responsaveis pelo descalabro...Embora pense que não foi este o caso.
Até me dá a sensação que se só pelo facto de algumas verdades doerem a certas pessoas lhes dá o direito a transformarem factos em ataques politicos irresponsaveis antipatrioticos whatever... basicamente o discurso do coitadinho que o Socrates a e a sua maquina de marketing politico adotpam sempre que são confrontados com a m£#&@ que o PS andou a fazer desde os Governos do Guterrres.

Cada vez estou mais adepto de um estado meritocrático e que se lixe o estado social...

Como dizia a minha querida mãe, "se queres trabalhar à sombra, aplica-te"

Agora se quiserem virar cucas no tasco do ti manel ai a conversa já é outra...

Valter Ferreira
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PedroUMM

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quote:Originally posted by streetpreacher

quote:Originally posted by PedroUMM

-Cerca de 130% do nosso endividamento externo deve-se ao sector privado

Pedro explica lá esta melhor pois acho que meteste os pés pelas mãos... aritmeticamente falando:):)



Valter Ferreira
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Tuvalu
Pedro vê lá bem a barbaridade que acabaste de escrever... aritmeticamente falando.

Se o teu endividamente externo corresponde a 100% do teu endividamente externo de onde é que vais buscar os outros 30%

Percebo onde queres chegar mas vais ter de ordenar as tuas ideias senão podes estar a enganar quem lê o que tu escreves.

È que andar numeros para o ar só por mandar por vezes faz com que se pense que ou não se sabe do que se fala ou então que podes ter algum objectivo por tras dessa desinformação.

Valter Ferreira
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PedroUMM

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quote:Originally posted by streetpreacher

Pedro vê lá bem a barbaridade que acabaste de escrever... aritmeticamente falando.

Valter Ferreira
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PedroUMM

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Não te esqueças que é possível ultrapassar a barreira dos 100%. Aliás, o limite da dívida pública dos Estados da UE é de 120% do seu PIB.

Agora já percebo onde queres chegar, já actualizaste o tópico. Então achas que não é possível a divida ser maior que a produção de riqueza?

Os números não são meus, são de economistas muito conceituados até, um deles meu formador.

Desinformação é o que os políticos que governam e governaram o nosso país andam a fazer. Seja Socrates, Coelho ou Portas, tudo quer tacho sem grande esforço e sim, estes desinformam.



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raminiUMM

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Boas companheiros
Estive a trabalhar até agora, mas estive a acompanhar desde o inicio...
...só me lembro de dizer...direitos, direitos, direitos, toda a gente reclama direitos... ...já deveres, vejo poucos a cumpri-los... ...é claro que não vou escrever aqui quais são, porque acho que todos sabem, e tá na hora de descansar!!!
Abraços fortes
RaminiUMM
 

PedroUMM

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quote:Originally posted by raminiUMM

Boas companheiros
Estive a trabalhar até agora, mas estive a acompanhar desde o inicio...
...só me lembro de dizer...direitos, direitos, direitos, toda a gente reclama direitos... ...já deveres, vejo poucos a cumpri-los... ...é claro que não vou escrever aqui quais são, porque acho que todos sabem, e tá na hora de descansar!!!
Abraços fortes
RaminiUMM


Ehehe. Também vou dormir mas antes ainda vou mandar uma cuca abaixo e meter mais um prego pró caixão. Inté amanhã.

Abraços



Free2UMM
 
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30 Mar 2006
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Pedro tu ou dizes que a divida externa privada corresponde a 130% do PIB ou dizes que corresponde a mais coisa menos coisa a 57% do total da divida externa.

Não confundas alhos com bogalhos, pois como disse numeros ditos assim de maneira leviana podem ser mal interpretados.

Muita da nossa divida externa foi financiada pelo sector privado, bem mal estavamos se dependessemos só do BCE para comprar divida.


Valter Ferreira
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