Amigo show_time
P-"nunumm ou outro mebro do forumm, poderiam-me dizer como solucionar este problema?"
R- Mas qual é, na realidade, o problema? A embraiagem "patina"?
Como tudo na vida, até as embraiagens têm um fim:dizzy_face:, e não adianta mais afinações porque em nada melhora, antes pelo contrário
.
O funcionamento de uma embraiagem, apesar de muito simples
, é complexo
:angry: de entender e muito mais difícil
de perceber a sua afinação e o que é que ela vai fazer em todo o mecanismo.
Mas vamos lá ao básico
Imagine-se o quadro seguinte, levado à mais básica mecânica:
1 Quando se carrega no pedal da emb. há uma alavanca (forquilha) que empurra um rolamento (rolamento de encosto) de encontro a uma mola/alavanca (mola que faz parte da tal prensa e é indesmontável).
Nesta fase temos que ter em atenção diversas coisas, por exemplo: Esse rolamento, com o carro em andamento ou parado sem nenhuma mudança engrenada, portanto sem tocar no malvado pedal, não pode estar em contacto com essa mola. Se o estivesse entraria , desnecessariamente em rotação, para além de outros males, como veremos mais adiante.
2 Ao empurrar a mola, faz com que a prensa liberte o disco (que estava preso entre a prensa e o volante motor. Como a caixa está ligada ao disco, esta deverá então "parar" permitindo a mudança de velocidades.
3 Em todo este processo (por ex. repetido milhares de vezes em 5.000kms em cidade)o disco vai-se gastando, ou seja vai diminuindo de espessura. Ao diminuir de espessura (aqui é que é complicado de entender:astonished
a tal mola da prensa levanta-se, ou seja, vai se aproximar do rolamento no seu estado de repouso (sem o pé no pedal)
4 A tal folga (entre o rolamento e a mola) referida em "1" deixa de existir e ao deixar de existir o disco também deixa de estar "entalado" com a força necessária entre a prensa e o volante motor:dizzy_face:. Aí a embraiagem começa a "PATINAR", quase não patinando em 1ª ou M.A. e patinando cada vez mais quanto mais formos subindo nas mudanças(+2ª, ++3ª, +++4ª etc.). De forma muito simples, esta escalada tem a haver com as relações naturais entre motor/caixas/peso.
Como se disse acima (em "1"), ao deixar de haver essa folga obrigatória, o rolamento passa a estar constantemente em rotação e terá a vida muito encurtada...
5 Então, nós ou o mecânico, afinamos a embraiagem. Ou seja afastamos de novo o rolamento da mola, deixando outra vez uns mm de folga, devendo tudo ficar "nos trinques". O processo recomeça, o desgaste vai continuar, a mola vai começar a se aproximar do rolamento, vai patinar, vai-se afinar etc. etc. etc. e assim continuamente. ATÉ UM DIA:astonished:.
6 Quando esse dia chegar
, o disco já estará tão fininho (como eu e o Paulo Alves) que, mesmo com a folga correcta (entre a mola e rolamento), ela (mola) já não tem força para prender o disco. A ida ao Dr. ou a hora de sujar as mãos é chegada e NÃO HÁ NADA A FAZER !
Nessa altura o disco já estará tão gasto que os rebites que prendem os 2 "ferrodos" do disco ( e que estão numa posição rebaixada quando o disco é novo
) ficaram à superfície do disco e já andam a abrir "trincheiras" no volante motor ou na prensa (ou nos dois
).
7 Nas emb. hidráulicas o processo é o mesmo, entenda-se que nelas, o cabo que nas outras ligava o pedal à forquilha, é substituído por um fluido metido num tubo. Então quando se pressiona o pedal actua-se numa bomba, essa força/movimento, é transmitida por um tubo/líquido até outra bomba, sendo essa a que vai actuar na forquilha. Aqui para nós, este sistema é uma cagada:blush:, tendo apenas a vantagem de tornar o pedal da emb. menos pesado (opinião pessoal + informo que não vendo cabos, nem tenho fábrica dos mesmos
)
Desculpem o testamento, mas como eu, nem todos somos Dr. e alguns de nós se não entenderem o sistema andam a mexer a esticar e relaxar a desatinar e não chagam/chegamos a lado nenhum. Agradecemos toda e qualquer correcção
ou aditamento
UMM abraço
João
"Conduza UMM pedaço da nossa história"