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Um carro só se volta quando a vertical tirada do seu centro de gravidade, ultrapassa uma linha imaginária que une os dois pneus de um mesmo lado, Isto é a teoria

, na prática muitos factores dificultam, antecipam ou abreviam o "capotanço"!:angry: A solidez do próprio terreno, deslocções repentinas de pesos são exemplos disso.
Como o centro de gravidade dos nossos UMM se situa (numa viatura sem qualquer transformação) sensivelmente a meio da cx. de velocidades, mais junto à "cloche" da embraiagem

, será relativamente fácil visualizar quando iremos fazer da quilha, portaló

. Como o CG é um ponto, também ele imaginário, por onde, se fosse possível suspender a viatura, ela não penderia para nenhum sítio, estabilizando-se em qualquer posição. Basta uma mosca pousar num sítio qualquer do carro, para o CG ser alterado:astonished:e haver uma movimentação até ser atingido de novo o equilibrio e um novo CG. Todos os corpos serão tanto mais estáveis, quanto mais baixo for esse centro.
Uma coisa é testar, de facto e em segurança, as possibilidades de inclinação dos nossos carros (sendo todas elas diferentes) em planos inclinados para o efeito, outra radicalmente diferente é estar já inclinado lateralmente num sitio qualquer e andarmos no recua/avança para ver se nos safamos

. Nesta situação, apesar de ainda podermos estar longe do ponto crítico, basta um solavanco lateral para momentaneamente o ultrapassarmos e ficar de patas ao alto (oremos ao Senhor).

:angry::dizzy_face:
Um outro processo

para testar a inclinação dos nossos UMM e calibrar os "inclinómetros" é colocar dois macacos hidráulicos de oficina a levantar, ao mesmo tempo, a viatura por baixo das duas pontes, mesmo junto aos pneus (junto aos pratos de trv.). Quando se chegar a uma inclinação crítica (tendo sempre 3 ou 4 ajudantes musculados) em que se vê que irá voltar (fujam

) determina-se esse ângulo e desconta-se 10%, encontrando aí uma referencia mais ou menos segura, que apenas devemos ultrapassar, se nada mais houver a fazer... Sem ser isso, rezar e nos deslocarmos muito, mas mesmo muuuuuiiiito devagar.:clown: A experiência deverá obrigatoriamente ser feita com o condutor e com os habituais penduras (se for caso disso)e realizada para os dois lados. O tal ângulo a determinar será, mais precisamente, a média das inclinações obtidas, tirando os tais 10%
É interessante referir que estando dentro de um carro numa rampa de teste (ou com os tais 2 macacos), ainda com uma larga margem de segurança, parecer-nos-á que já estamos voltados e a caminho do hospital!:astonished: Isto prende-se com o facto de passarmos uma vida desde que nascemos

(conduzidos ou a conduzir) a andar na horizontal. O nosso cérebro está habituado a isso, às subidas e descidas, mas não está preparado nem habituado à inclinação lateral. As nossas "giro bússolas" nos ouvidos impulsionam o cérebro a dizer-nos para ter cautela e temor.
Qualquer inclinação lateral, que nos pareça pronunciada, sem ter conhecimento das características do nosso (e apenas do nosso) UMM e do terreno, é uma situação de risco:angry::angry::angry: que deverá ser abordada com todas as cautelas

. Apesar disso temos que ter sempre em mente a manutenção de um pensamento claro

e deixar o nervoso e a precipitação em casa

. A cabeça fria faz baixar os centros de gravidade

.
UMM abraço
João