UMM de tracção à frente

[pumm]

O meu veio de transmissão de trás está-se a ir :disappointed_relievedCome massa consistente como gente grande, e se não lha dou grita como gente pequena), e gostava de o mandar rectificar.

Como o BXUmm é o meu carro do dia–a-dia (+-20 km /dia alcatrão:dizzy_face, gostava de saber da vossa opinião sobre andar apenas com tracção à frente durante a reparação (sem abusar muito).

Já agora, agradeço sugestões sobre casas onde mandar rectificar o veio em Lisboa?

Existe alguma massa mais apropriada para o veio, (género Slick50 para transmissões) que preencha as folgas e adie a rectificação/aumente o período de vida do mesmo. (Já vi aqui comentários sobre mergulhar o veio em teflon mas...


Pedro Serpa - BXumm

 

[trekker]

Viva,

Em Marrocos tive necessidade de andar sem o veio de transmissão traseiro pois o desgaste de uma cruzeta no respectivo veio e a impossibilidade de o trocar no meio do nada( levei cruzetas mas esqueci-me de um martelo para fazer a troca LOL)acabei por fazer cerca de 300 km em terreno misto com o carro carregado (4 pessoas e carga) até à "cidade" mais próxima onde foi efectuada a reparação. Não houve crise nenhuma pois não tendo o veio traseiro, contorna-se a falta do diferencial central sendo assim possível fazer uma condução normal em estrada...

 

[streetpreacher]

Viriato a questão de receberes a mesma quantidade de "força em cada roda n~em sequer esta em questão pois o diferencial está lá para isso mesmo só transmite a cada roda a força necessaria.
Mas no nosso caso como a transmissão tem uma cruzeta e não uma homocinetica se andares em linha recta não tem problema nenhum mas em cruvas com um raio mais apertado como uma cruzeta não transmite o movimento de forma constante estas a forçar e muito a cruzeta podendo mesmo parti-la numa aceleração mais forte numa curva apertada em alcatrão onde a aderencia é muito grande.
Se o teu percurso diario não tem muitas curvas não deverá haver grandes problemas mas mesmo assim aconcelho-te a arranjar esse veio o mais rapido possivel.
Eu já mandei reparar um atraves do Silvino e ficou-me em cerca de 130 euros foi entubado e levou a luva nova e uma cruzeta e foi devidamente equilibrado, ficou como novo.

Valter Ferreira
Clube UMM
Socio nº 0058

 

[verdes radios]

Amigo Serpa

Não te qualquer problema, se andar sem esforços escusados. Apenas vai sentir algumas reacções na direcção, especialmente se não for assistida (porque as cruzetas não são juntas verdadeiramente homocinéticas).

UMM abraço
João

"Conduza UMM pedaço da nossa história"

 

[MiguelGomes]

Boas,
Mais lenha para a fogueira.
Isto que eu vou relatar não tem qualquer estudo científico, mas é assim que eu penso. Embora posa estar enganado.

Não concordo com a questão de fragilidade do diferencial da frente, nem das cruzetas.
No meu ponto de vista em situações de TT severas, onde os nossos meninos se portam com peixinho na água, raramente as cruzetas partem e a questão de distribuição de forças está totalmente posto de lado, em primeiro lugar porque não tem a prisão do eixo traseiro, e em segundo lugar não estamos a pôr o UMM em condições difíceis apenas estamos a equacionar um andamento normal em estrada... se por exemplo a subir um obstáculo o esforço é muito numa das rodas dianteiras, ninguém se importa e nem mesmo o UMM, e o obstáculo é ultrapassado com a maior facilidade, acham que em estrada tem problema....Eu acho que não faz mal nenhum, apenas certifica-te que a Valvulina está a nível e em condições, ou seja sem agua e afins.

Reforço a ideia que isto é apenas um ponto de vista, e não quero com isto influenciar nada.


cUMMprimenTTos
MiguelGomes
www.ClubeUMM.pt

 

[Brummble]

Se umme permitem meter o nariz, e dada a minha formação em mecânica ser essencialmente teórica, eu diria que quer o amigo Verdes Radios,quer o amigo Miguel Gomes têm razão. Senão vejamos o que diz a wikipédia:

"O diferencial é um dispositivo mecânico que tem a função de dividir o torque entre dois semi-eixos, produzindo uma compensação entre estes quando um deles sofrer queda na rotação. Distribuindo o torque de forma que independentemente da circunstância em que se encontre as rodas, e a respectiva superfície do solo em cada uma delas, o valor do mesmo seja igual em cada ponto de tração.

Em geral, o diferencial é empregado nos veículos terrestres tracionados por motores de qualquer natureza. O torque é produzido pelo motor e chega ao diferencial através do eixo cardin (cardân), e assim é dividido entre as duas rodas de tração. Uma das principais atuações do diferencial é no momento da curva, onde uma roda precisa girar mais do que a outra; ao mesmo tempo que mantém o torque igual entre elas.

Tem um efeito indesejado quando uma das rodas motoras perde aderência, por exemplo: em piso escorregadio ou muito irregular. Nessas circunstâncias, o diferencial faz com que a roda com menor aderência gire rapidamente, pois ela absorve todo o torque disponível proveniente do sistema, portanto a outra se mantém parada. Este efeito pode ser eliminado com diferenciais auto-blocantes ou com diferenciais com bloqueio manual ou eléctrico."

Desta brilhante explicação enciclopédica, sou forçado a concluir que num veículo 4x4 andar apenas com tracção á frente compromete fundamentalmente a SEGURANÇA, sendo necessário andar devagar e com jeitinho. De facto penso que todos os caros Ummistas já tiveram ocasiões em que necessitaram de transpôr obstaculos com a tracção ligada e a direcção curvada sem que isso comprometesse as cruzetas, pois é ao diferencial que cabe absorver a diferença do raio efectuado por cada roda.
Cumprimentos
P Farmer



Brummble