Boas a todos,
Depois de muito pesquisar, finalmente avancei com um teste para alterar a suspensão do meu UMM Alter II Turbo.
Desde que comprei a máquina que achava o carro espectacular para andar na estrada mas muito pouco apto a andar no monte. Praticamente não cruzava a suspensão e era duro como uma pedra. Mesmo comparado com outro Alter II Turbo cá da casa, este era mais duro e andava sempre com as rodas no ar. Comparado a um Alter I, então nem se fala...
O objectivo desta alteração era tentar chegar ao cruzamento da foto anterior, o Alter I cá da casa com suspensão "de origem".
Já se sabe que para que uma suspensão cruze, vai-se perder alguma coisa na estrada, pois vai surgir o "adornar" ao curvar. No entanto, o meu UMM já andava sem barra estabilizadora o que me levou a pensar que na pior das hipóteses, voltava a monta-la.
Outro dos pontos fundamentais para mim é que qualquer alteração ou preparação ao UMM seja completamente reversível sem andar a cortar e a soldar chapa e que mantenha o aspecto mais ou menos original.
Por ultimo, como tenho pneus com pelo menos 31" de diâmetro, interessava-me ganhar alguma altura ao solo e "rebaixar" os batentes do eixo de modo a evitar o bater das rodas nas respectivas cavas e nos plásticos.
O resultado para conseguir o que pretendia foi aplicado ao eixo da frente e ficou com este aspecto:
A altura normal do solo ao topo da cava da roda num UMM com altura "standard" é de aproximadamente 87cm (com pneus 31"). Após a alteração, passei a ter 92cm.
A principal diferença passou pelo curso da suspensão. Um UMM normal, medido no mesmo local, abre a suspensão até aos 93/94cm no máximo. Eu passei a ter 102cm sem alterar os brincos nem as fixações das molas ou dos amortecedores.
A nível de conforto, em qualquer suspensão de lâminas, o ponto ideal para que a suspensão seja macia (esquecendo a dureza e numero de lâminas) é com os brincos a trabalhar entre os 30º e os 45º (apartir da vertical) quando o carro está parado em piso plano. Deste modo, a suspensão facilmente comprime ou alonga. Já todos devem ter reparado que quando espertam as molas e deixam os brincos na vertical o jipe fica mais duro.
Esta posição dos brincos pode ser vista na foto anterior.
Após 200 ou 300km, já acamei as molas e tenho os brincos a 40º sensivelmente.
A primeira sensação assim que peguei no UMM foi, bem isto não adorna muito, por isso vai continuar a ser duro. Depois passei por uma lomba e ao passar o eixo da frente, senti aquele amortecer tipo almofada de ar. Ao passar o eixo de trás, o tipico "pummm" acompanhado pela pancada mais ou menos seca (de referir que tenho backets na máquina o que não ajuda ao conforto).
Vou com o carro ao mecânico e ele olha para o carro e diz, "levantas-te o jipe? isso vai ficar inguiável na estrada!". Ok. Vamos experimentar... volta ele a dizer "antes tinhas um carrinho de rolamentos, agora tens um jipe preciso de direcção, bom a curvar e confortável!".
Teste de fogo... monte! Com umas trialadas pelo meio. O conforto é notável. Deixei de ter de passar os cruzamentos em força para a inércia vencer as rodas no ar e passei a andar em 1ª quase ao ralenti com a suspensão a trabalhar. Das poucas vezes que tive dificuldades em cruzamentos, foi porque o eixo de trás continuava a andar com as rodas no ar.
Basta ver o aspecto das suspensão aberta (ainda sem amortecedores):
Já vi alterações a UMM's para helicoidais a não ter o mesmo desempenho.
E agora o "segredo"... que alterações é que fiz:
- Lamina mestras novas com +1cm da fixação fixa ao eixo e +2cm do eixo ao brinco.
- Lamina secundárias novas com o mesmo "crescimento" para acompanhar a mestra.
- 3ª Lamina mais comprida de modo a irem até onde começa a dobrar lamina secundária.
- Mais uma lamina para um UMM capota de lona com guincho, perfazendo 7 laminas.
Esta alteração ronda os 150 a 200 por feixe de laminas.
Como é lógico, com esta alteração, os amortecedores de origem são "lixo". Ficam totalmente abertos com o UMM parado em plano.
Solução foi arranjar amortecedores mais compridos. Encontrei amortecedores com 37cm em fechado e 62cm em aberto.
Os de origem têm 32,5cm em fechado e 51cm em aberto. Os 32,5cm em fechado é um absurdo pois a suspensão nunca comprime abaixo dos 34cm com os batentes de origem. Mas ainda assim, os meus batem quando o eixo toca ao de leve no batente.
Como já referi atrás, queria acabar com o bater das rodas nas cavas, como tal, nada como meter uns tacos de borracha no eixo com os 2 a 3cm que "faltam" aos amortecedores. (esta operação ainda não fiz...)
Deste modo, a suspensão abre a 58/59cm nos amortecedores deixando ainda 3/4cm de margem para mais tarde fazer uma experiência com brincos 2cm maiores.
Agora vou fazer o mesmo na suspensão de trás e posteriormente volto a actualizar o tópico com o feedback da traseira.
Nessa altura coloco também umas fotos do carro a cruzar para terem uma ideia mais concreta dos ganhos neste aspecto.
A parte "má" disto tudo é que para fazer este upgrade podem contar com 600 a 800 para as molas dos dois eixos e pelo menos mais 200 para 4 amortecedores "sem serem chineses" mas baratos.
Cumprimentos,
José Rui Martins
Depois de muito pesquisar, finalmente avancei com um teste para alterar a suspensão do meu UMM Alter II Turbo.
Desde que comprei a máquina que achava o carro espectacular para andar na estrada mas muito pouco apto a andar no monte. Praticamente não cruzava a suspensão e era duro como uma pedra. Mesmo comparado com outro Alter II Turbo cá da casa, este era mais duro e andava sempre com as rodas no ar. Comparado a um Alter I, então nem se fala...
O objectivo desta alteração era tentar chegar ao cruzamento da foto anterior, o Alter I cá da casa com suspensão "de origem".
Já se sabe que para que uma suspensão cruze, vai-se perder alguma coisa na estrada, pois vai surgir o "adornar" ao curvar. No entanto, o meu UMM já andava sem barra estabilizadora o que me levou a pensar que na pior das hipóteses, voltava a monta-la.
Outro dos pontos fundamentais para mim é que qualquer alteração ou preparação ao UMM seja completamente reversível sem andar a cortar e a soldar chapa e que mantenha o aspecto mais ou menos original.
Por ultimo, como tenho pneus com pelo menos 31" de diâmetro, interessava-me ganhar alguma altura ao solo e "rebaixar" os batentes do eixo de modo a evitar o bater das rodas nas respectivas cavas e nos plásticos.
O resultado para conseguir o que pretendia foi aplicado ao eixo da frente e ficou com este aspecto:
A altura normal do solo ao topo da cava da roda num UMM com altura "standard" é de aproximadamente 87cm (com pneus 31"). Após a alteração, passei a ter 92cm.
A principal diferença passou pelo curso da suspensão. Um UMM normal, medido no mesmo local, abre a suspensão até aos 93/94cm no máximo. Eu passei a ter 102cm sem alterar os brincos nem as fixações das molas ou dos amortecedores.
A nível de conforto, em qualquer suspensão de lâminas, o ponto ideal para que a suspensão seja macia (esquecendo a dureza e numero de lâminas) é com os brincos a trabalhar entre os 30º e os 45º (apartir da vertical) quando o carro está parado em piso plano. Deste modo, a suspensão facilmente comprime ou alonga. Já todos devem ter reparado que quando espertam as molas e deixam os brincos na vertical o jipe fica mais duro.
Esta posição dos brincos pode ser vista na foto anterior.
Após 200 ou 300km, já acamei as molas e tenho os brincos a 40º sensivelmente.
A primeira sensação assim que peguei no UMM foi, bem isto não adorna muito, por isso vai continuar a ser duro. Depois passei por uma lomba e ao passar o eixo da frente, senti aquele amortecer tipo almofada de ar. Ao passar o eixo de trás, o tipico "pummm" acompanhado pela pancada mais ou menos seca (de referir que tenho backets na máquina o que não ajuda ao conforto).
Vou com o carro ao mecânico e ele olha para o carro e diz, "levantas-te o jipe? isso vai ficar inguiável na estrada!". Ok. Vamos experimentar... volta ele a dizer "antes tinhas um carrinho de rolamentos, agora tens um jipe preciso de direcção, bom a curvar e confortável!".
Teste de fogo... monte! Com umas trialadas pelo meio. O conforto é notável. Deixei de ter de passar os cruzamentos em força para a inércia vencer as rodas no ar e passei a andar em 1ª quase ao ralenti com a suspensão a trabalhar. Das poucas vezes que tive dificuldades em cruzamentos, foi porque o eixo de trás continuava a andar com as rodas no ar.
Basta ver o aspecto das suspensão aberta (ainda sem amortecedores):
Já vi alterações a UMM's para helicoidais a não ter o mesmo desempenho.
E agora o "segredo"... que alterações é que fiz:
- Lamina mestras novas com +1cm da fixação fixa ao eixo e +2cm do eixo ao brinco.
- Lamina secundárias novas com o mesmo "crescimento" para acompanhar a mestra.
- 3ª Lamina mais comprida de modo a irem até onde começa a dobrar lamina secundária.
- Mais uma lamina para um UMM capota de lona com guincho, perfazendo 7 laminas.
Esta alteração ronda os 150 a 200 por feixe de laminas.
Como é lógico, com esta alteração, os amortecedores de origem são "lixo". Ficam totalmente abertos com o UMM parado em plano.
Solução foi arranjar amortecedores mais compridos. Encontrei amortecedores com 37cm em fechado e 62cm em aberto.
Os de origem têm 32,5cm em fechado e 51cm em aberto. Os 32,5cm em fechado é um absurdo pois a suspensão nunca comprime abaixo dos 34cm com os batentes de origem. Mas ainda assim, os meus batem quando o eixo toca ao de leve no batente.
Como já referi atrás, queria acabar com o bater das rodas nas cavas, como tal, nada como meter uns tacos de borracha no eixo com os 2 a 3cm que "faltam" aos amortecedores. (esta operação ainda não fiz...)
Deste modo, a suspensão abre a 58/59cm nos amortecedores deixando ainda 3/4cm de margem para mais tarde fazer uma experiência com brincos 2cm maiores.
Agora vou fazer o mesmo na suspensão de trás e posteriormente volto a actualizar o tópico com o feedback da traseira.
Nessa altura coloco também umas fotos do carro a cruzar para terem uma ideia mais concreta dos ganhos neste aspecto.
A parte "má" disto tudo é que para fazer este upgrade podem contar com 600 a 800 para as molas dos dois eixos e pelo menos mais 200 para 4 amortecedores "sem serem chineses" mas baratos.
Cumprimentos,
José Rui Martins