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SER NãO SER!!

raminiUMM

UMM
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15 Dez 2007
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Boas
Há dias deparei-me com este texto e resolvi partilhá-lo com a malta pois parece um bom tema de reflexão, e este é um espaço visitado por muitos a quem as palavras dizem alguma coisa concerteza!!

E dizia assim:

Cada vez mais nos afastamos uns dos outros. Trespassamo-nos sem nos ver.
Caminhamos nas ruas com a apática indiferença de sequer sabermos quem somos.
Nem interessados estamos em o saber. Os dias deixaram de ser a aventura do
imprevisto e a magia do improviso para se transformarem na amarga rotina do
viver português e do existir em Portugal.

Deixámos cair a cultura da revolta. Não falamos de nós. Enredamo-nos na
futilidade das coisas inúteis, como se fossem o atordoamento ou o sedativo
das nossas dores. E as nossas dores não são, apenas, d'alma: são, também,
dores físicas.

Lemos os jornais e não acreditamos. Lemos, é como quem diz - os que lêem. As
televisões são a vergonha do pensamento. Os comentadores tocam pela mesma
pauta e sopram a mesma música. Há longos anos que a análise dos nossos
problemas está entregue a pessoas que não suscitam inquietação em quem os
ouve. Uma anestesia geral parece ter sido adicionada ao corpo da nação.

Um amigo meu, professor em Lille, envia-me um email. Há muitos anos, deixou
Portugal. Esteve, agora, por aqui. Lança-me um apelo veemente e dorido: 'Que
se passa com a nossa terra? Parece um país morto. A garra portuguesa foi
aparada ou cortada por uma clique, espalhada por todos os sectores da vida
nacional e que de tudo tomou conta. Indignem-se em massa, como dizia o
Soares.'

Nunca é de mais repetir o drama que se abateu sobre a maioria. Enquanto dois
milhões de miúdos vivem na miséria, os bancos obtiveram lucros de 7,9
milhões por dia. Há qualquer coisa de podre e de inquietantemente injusto
nestes números. Dir-se-á que não há relação de causa e efeito. Há, claro que
há. Qualquer economista sério encontrará associações entre os abismos da
pobreza e da fome e os cumes ostensivos das riquezas adquiridas muitas vezes
não se sabe como.

Prepara-se (preparam os 'socialistas modernos' de Sócrates) a privatização
de quase tudo, especialmente da saúde, o mais rendível. E o
primeiro-ministro, naquela despudorada 'entrevista' à SIC, declama que está
a defender o SNS! O desemprego atinge picos elevadíssimos. Sócrates diz
exactamente o contrário. A mentira constitui, hoje, um desporto
particularmente requintado. É impossível ver qualquer membro deste Governo
sem ser assaltado por uma repugnância visceral. O carácter desta gente é
inexistente. Nenhum deles vai aos jornais, às Televisões e às Rádios falar
verdade, contar a evidência. E a evidência é a fome, a miséria, a tristeza
do nosso amargo viver; os nossos velhos a morrer nos jardins, com reformas
de não chegam para comer quanto mais para adquirir remédios; os nossos
jovens a tentar a sorte no estrangeiro, ou a desafiar a morte nas drogas; a
iliteracia, a ignorância, o túnel negro sem fim.

Diz-se que, nas próximas eleições, este agrupamento voltará a ganhar. Diz-se
que a alternativa é pior. Diz-se que estamos desgraçados. Diz um general que
recebe pressões constantes para encabeçar um movimento de indignação. Diz-se
que, um dia destes, rebenta uma explosão social com imprevisíveis
consequências. Diz a SEDES, com alguns anos de atraso, como, aliás, é seu
timbre, que a crise é muito má. Diz-se, diz-se.

Bem gostaríamos de saber o que dizem Mário Soares, António Arnaut, Manuel
Alegre, Ana Gomes, Ferro Rodrigues (não sei quem mais, porque socialistas,
socialistas, poucos há) acerca deste descalabro. Não é só dizer: é fazer, é
agir. O facto, meramente circunstancial, de este PS ter conquistado a
maioria absoluta não legitima as atrocidades governamentais, que sobem em
escalada. O paliativo da substituição do sinistro Correia de Campos pela
dr.ª Ana Jorge não passa de isso mesmo: paliativo. Apenas para toldar os
olhos de quem ainda deseja ver, porque há outros que não vêem porque não
querem.

A aceitação acrítica das decisões governamentais está coligada com a
cumplicidade. Quando Vieira da Silva expõe um ar compungido, perante os
relatórios internacionais sobre a miséria portuguesa, alguém lhe devia dizer
para ter vergonha. Não se resolve este magno problema com a distribuição de
umas migalhas, que possuem sempre o aspecto da caridadezinha fascista. Um
socialista a sério jamais procedia daquele modo. E há soluções adequadas. O
acréscimo do desemprego está na base deste atroz retrocesso.

Vivemos num país que já nada tem a ver com o País de Abril. Aliás, penso,
seriamente, que pouco tem a ver com a democracia. O quero, posso e mando de
José Sócrates, o estilo hirto e autoritário, moldado em Cavaco, significa
que nem tudo foi extirpado do que de pior existe nos políticos portugueses.
Há um ranço salazarista nesta gente. E, com a passagem dos dias, cada vez
mais se me acentua a ideia de que a saída só reside na cultura da revolta.


"Texto de Baptista Bastos"


Sou português desde pequenino e orgulhoso..mais se me dessem a escolher queria nascer Português outra vez!!
Abraços fortes
RaminiUMM
 

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Mestre
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26 Mar 2006
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Ganda testamento :) Mas acaba por fazer sentido tudo o que ta escrito[:0:anger::anger:





UMM live for ever!
 
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8 Jun 2006
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Um escriba trágico

Concordo com tudo (ou quase) que Batista Bastos disse e diz, de vez em quando e cada vez menos. No entanto fica-me a sensação morna de que descobriu que para fazer açorda é preciso ter pão. É pouco e paradoxalmente muito.

B.B. esqueceu-se, ao mesmo tempo, de que se chegou a este estado, ele e toda a esquerda tem culpas no cartório. Ele com o triste arauto das evidências e a tal esquerda como mentora.

Na impossibilidade de vencer por razões que a identidade Nacional podem esclarecer, não necessitando de grandes apologias, nem que jovens políticos que nos elucidem, destrui-se, arrasou-se, quis-se partir do zero para almejar um Portugal onde "o sol nascesse para todos". Estes tristes de fraca figura apenas conseguiram a destruição. A reconstrução ainda se está para fazer e não será para breve.

Entretanto todos nós morremos um pouco. Alimentados apenas com projectos, miragens e uma espécie de liberdade à velocidade de um TGV saloio sobre pontes de rios de gente desfeita.

Dele, B.B., nada vem. Gostaria o moço, se calhar, de andar de verde vestido, igual a todos nós. Gostaria de ter uma “datcha” e nova colecção de laços cor de sangue, talvez?!. Tire-lhe os ditos, a caneta, o ar do sheriff mau do condado de Sherwood e o que restará? Mais um boneco de televisão?

Decididamente não gosto do Bastos, basta!:)




UMM abraço
João

"Conduza UMM pedaço da nossa história"
 

raminiUMM

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Boas
Concordo consigo João eu próprio não sou de esquerda..mas este texto vem provar que em teoria muitas politicas seriam possiveis..já na prática não é bem assim!!
E quando se está de fora é muito fácil falar, aliás no que toca aos outros há sempre alguém que tem que dizer..
Até porque em vésperas de eleições mal parecia estar aqui a fazer propagandas!!
Deixemo nos de floriados e vamos por os pes na terra é o meu grito!!

Só quem tem UMM é que sabe!


Abraços fortes
RaminiUMM
 
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20 Abr 2008
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Boas...
Eu gostava de por os pés na terra...mas qual?!!
Esta de "nossa" já não tem nada!!
E não sendo esta,em qual é que eu ponho os pés?

UMM abraço


PEDRO
 

raminiUMM

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Boas
EhEhEh também concordo..e também Nuno Alvares Pereira concordaria..naquele tempo(1380..)e hoje..a tarefa dele foi dificil..pois teve de conquistar de novo Portugal aos espanhois..agora a nossa é conquistar portugal ao mundo outra vez..um dia metade foi nosso..parace que vamos ter fazer novas demonstrações de "Força" para consegui-lo..e para isso temos a nossa boa inteligencia de estrategas e sabedoria ancestral..Uma nova cruzada que não é de todo impossivel pois somos o País mais bem localizado da europa!!
Abraços fortes
RaminiUMM
 

PedroUMM

UMMzão
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31 Mar 2006
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Passado este tempo verificou-se que as políticas de direita não funcionaram como ainda se provou que os ciclos económicos do liberalismo estoiram ao fim de 30/35 anos e "nós" estamos no fim de mais um ciclo... Engraçado que à 30/35 atrás anos um político português previu este colapso e na altura todos lhe chamaram maluco.



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