Olá a todos.

Nos nossos restauros as decapagens a jacto de areia são realmente o processo mais eficaz de limpar o carro até ao osso, porem por vezes surgem dúvidas neste processo:
1º As decapagens para não ficar com empenos nos painéis são feitas com pouca pressão, e com um tipo de areia muito fina, própria para restauro de automóveis, o que leva muito mais tempo a realizar o trabalho e por vezes é quase impossível tirar algumas massas ou betumes mais resistentes. Ao contrario, muita pressão ou areias mais grossas limpam tudo e é mais rápido na hora, mas depois faz nos ter de procurar um bom chapeiro para ter de desempenar os paineis do carro, problema que normalmente fica resolvido com uns kilitos de massa o que e péssimo para o carro e também para a carteira:angry:.
2º Como se conclui as decapagens devem ser feitas por gente muito responsável, sem pressas e com muita paciência. Normalmente as casas que tenham estas características são oficinas pequenas que não fazem posteriormente a Metalização, processo este que é muito industrial e que é característico de grandes oficinas de decapagens que utilizam pressões mais elevadas e que por vezes em vez de areia menos fina, decapam com granalha, e de seguida fazem as metalizações das peças que normalmente são de espessuras mais resistentes onde o risco de empeno é quase inexistente.
3º Chama se Metalização ao processo que depois da decapagem e logo de seguida projecta se o zinco + fogo com maçarico e o zinco fica agarrado a superfície. Este processo produz temperaturas elevadas, havendo risco de empenos nos painéis de menor espessura, embora já existam empresas que no processo, não utilizam o fogo do maçarico, mas sim, um sistema semi-automático a base positivo negativo, este sistema não produz temperaturas tão elevadas, minimizando o risco dos empenos. Um trabalho desta natureza com as duas fases custa a volta de 900 a1100 euros nos nossos carros. Também há quem de o nome de Zincagem a esta processo.
4º Outro sistema que por vezes é aqui mencionado chamado de Galvanização, e um processo que funciona a base de imersão em tanques químicos por processos de electrólise que embora sendo dos mais eficazes na prevenção da corrosão não se adequam aos nossos restauros. Neste sistema, há tanques em as peças entram e atingem temperaturas na ordem dos 400 a600graus quando são mergulhadas, caso do tanque do zinco, o que provocaria grandes empenos no nosso material, também poucos seriam os tanques em que os nossos chassis mergulhassem por inteiro. No ramo automóvel este processo e utilizado na chapa em fases primarias da operação fabril.
5º Como se observa frequentemente aqui no forumm, nos restauros que fazemos, depois da decapagem realizada nas tais oficinas mais pequenas do tipo das que mencionei nos pontos anteriores, estás, de seguida, para não haver oxidação, aplicam um primário a base de zinco de 1 ou 2 componentes conforme a carteira do cliente

. Está situação é a que mais se adequa nos nossos restauros em termos de logística e carteira, tendo um custo na ordem de 300 a500 euros.
Nesta opção por vezes entre a decapagem e o primário cometem-se pequenos erros que vão ser fatais para o reaparecimento da ferrugem, tais como: elevado tempo entre as duas fases; humidades do ar; contaminação de gorduras, até pelo toque das nossas mãos; qualidade do primário duvidoso; enfim, onde houver falhas ou vestígios ferrosos mal eliminados a oxidação volta e a ferrugem reaparece, se estes paços falharem, até podemos de seguida cobri-los com ouro, será sempre no futuro uma luta perdida

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El Barumm...