Esta viatura de reconhecimento, um UMM Cournil transformado em Tomar no Regimento de Infantaria N.º 15, foi exemplar único. Destinou-se a tentar um aproveitamento operacional de alguns dos UMM Alter II existentes nos finais dos anos 90.
A última tentativa para dar utilidade operacional aos "Alter II" foi ensaiada num UMM "Cournil".
Necessidade sentida e campanha
Como tantas vezes acontece na tropa muitas ideias nascem nos baixos escalões e caminham depois para a concretização. Até unidades e muitos cursos têm nascido assim, em Portugal como no estrangeiro!
Corria o ano de 1997 e o então Alferes Pára-quedista em Regime de Contrato, João Veiga da Fonseca, hoje com 44 anos, estudante universitário e gerente de micro empresa que opera na área do treino de cães (Vipdog), regressava da missão na Bósnia-Herzegovina onde fora Comandante de um Pelotão de Atiradores: Recordo-me perfeitamente de ter ficado chocado, na Bósnia em 96, da maneira como continuavam equipadas aquelas viaturas. Olhava-se para o interior e o chão estava atulhado de material, que andava a chocalhar ao sabor das curvas e das travagens. O operador da arma colectiva pisava o material A culpa, note-se, não era das esquadras, mas sim do facto de terem que operar com uma viatura que não estava preparada para levar o material. E eis que em 1997 estava de volta ao Pelotão de Reconhecimento e com o mesmo problema entre mãos.
Veiga da Fonseca teve um percurso militar bem curioso, merece uma referência especial! Voluntário para as Tropas Pára-quedistas em 1988, fez a sua formação na Base Escola de Tropas Pára-quedistas onde foi depois instrutor de diversos cursos até 1990 e passou à disponibilidade. Em 1992 (ainda no tempo do CTP - Corpo de Tropas Pára-quedistas da Força Aérea) ofereceu-se para participar no exercício Júpiter como Reservista, modalidade que o CTP manteve a funcionar até à sua extinção. Nesse ano foi publicada uma lei que possibilitava o reingresso nas fileiras de militares na disponibilidade, Veiga da Fonseca ofereceu-se mas levou com um balde de água fria, o CTP não se mostrou interessado. Não desistiu e ofereceu-se para o Exército tendo sido colocado no Regimento de Comandos: A ideia era ir fazer o Curso de Comandos do Quadro Permanente (os que já eram Oficiais ou Sargentos Milicianos seguiam essa via), numa altura onde já se sabia que os Comandos iam ser extintos, e que esse seria o último curso. No final das provas ficamos apurados apenas 4, para um curso que demorava 3 meses e que envolvia cerca de 50 instrutores. Claro que o curso não se realizou . Assim foi colocado na Companhia de Manutenção do Regimento e ofereceu-se para as agora denominadas Tropas Aerotransportadas! Fez a reciclagem em Dezembro de 1993 - instrução de pára-quedismo dada em Tancos e obrigatória para quem vinha do Exército e tinha cursos e pára-quedismo feitos no estrangeiro - e em 1 de Janeiro de 1994 é transferido para o 1.º Batalhão de Infantaria Aerotransportado que ficou colocado em Tancos (ex-Base Aérea 3). Em 1995 comanda o Pelotão de Reconhecimento deste batalhão e, depois da Bósnia em 1996, ainda fez uma outra missão neste teatro de operações como adjunto do oficial de Assuntos Civis e outra em Timor, onde foi Comandante do Pelotão de Reconhecimento do Batalhão (integrado na 13.ª Companhia de Pára-quedistas)/Força de Intervenção Rápida do Sector Central da ONU em Timor. Passou à disponibilidade em 2003 com mais de 11 anos de serviço quando era Comandante da Companhia de Apoio de Combate do 1.º Batalhão de Infantaria Pára-quedistas em Tomar.
Não sendo original a transformação pelos utilizadores militares de viaturas para as adequar às necessidades surgidas em campanha, este é mais um caso, made in Portugal, que não teve continuidade mas que julgamos ter interesse apresentar aqui no Operacional. Porque mostra que é possível fazer algo de inovador quando se tem vontade e algum apoio e porque, quem sabe, volte a inspirar quem sente hoje o mesmo que sentiram na altura os construtores do UMM RECON e novos projectos surjam.
O UMM nas Tropas Pára-quedistas
No rescaldo do regresso a Portugal europeu dos contingentes militares que haviam travado a nossa última guerra em África e das vicissitudes do processo revolucionário de 1975, as Forças de Segurança e as Forças Armadas Portuguesas necessitavam de renovar a sua frota de viaturas administrativas para uso geral e também em grande medida as viaturas tácticas 4X4. A situação nos diferentes ramos, diferentes eram, mas algumas semelhanças tinham. Entre outras (como hoje e quase sempre ao longo da história), uma grande diversidade de marcas e modelos em uso e muitas a gasolina, combustível que estava (já então!) cada vez mais caro.
Assim, a Guarda Nacional Republicana, o Exército e o Corpo de Tropas Pára-quedistas da Força Aérea entre outros departamentos oficiais, viram na viatura proposta pela União Metalo-Mecânica, UMM Cournil, por motivos que agora não iremos aprofundar, mas entre os quais naturalmente se destacavam o baixo preço e o facto de serem construídos em Portugal, um boa oportunidade para renovar várias frotas.
Como bem sabe quem anda ou andou fardado, as aquisições de viaturas militares nem sempre correspondem exactamente às necessidades dos utilizadores. Em muitos casos isso nem se deve a nada de especial mas apenas para se conseguirem adquirir mais viaturas por um determinado preço, ainda que estas sejam mais simples do que seria desejável. Ou seja, em vez de pouco e bom, cada viatura com extras específicos, desenhada à medida do destinatário, as unidades operacionais acabam por receber viaturas tácticas iguais às viaturas administrativas. Nem sempre isso aconteceu mas aconteceu muito e a cor verde ou o padrão camuflado com que se pintam as viaturas militares, só por si, não faz uma viatura táctica. Infelizmente! E não se pense que isto é/foi exclusivo nacional. Por esse mundo civilizado muito disto foi visto, embora, cá como lá, estas últimas missões do Iraque e do Afeganistão e o tipo guerra que originaram, ano após ano, e as baixas causada nas forças de paz, levaram a alterações profundas. Entre nós - apesar do adiamento que se verifica no respectivo Programa da actual Lei de Programação Militar, ciclicamente preterido por outros menos úteis - também aconteceram muitas melhorias neste campo, ainda que não atingíssemos o desejável e comparável com os aliados envolvidos nas mesmas operações.
Esta viatura de reconhecimento, um UMM Cournil transformado em Tomar no Regimento de Infantaria N.º 15, foi exemplar único. Destinou-se a tentar um aproveitamento operacional de alguns dos UMM Alter II existentes nos finais dos anos 90.
A última tentativa para dar utilidade operacional aos "Alter II" foi ensaiada num UMM "Cournil".
Necessidade sentida e campanha
Como tantas vezes acontece na tropa muitas ideias nascem nos baixos escalões e caminham depois para a concretização. Até unidades e muitos cursos têm nascido assim, em Portugal como no estrangeiro!
Corria o ano de 1997 e o então Alferes Pára-quedista em Regime de Contrato, João Veiga da Fonseca, hoje com 44 anos, estudante universitário e gerente de micro empresa que opera na área do treino de cães (Vipdog), regressava da missão na Bósnia-Herzegovina onde fora Comandante de um Pelotão de Atiradores: Recordo-me perfeitamente de ter ficado chocado, na Bósnia em 96, da maneira como continuavam equipadas aquelas viaturas. Olhava-se para o interior e o chão estava atulhado de material, que andava a chocalhar ao sabor das curvas e das travagens. O operador da arma colectiva pisava o material A culpa, note-se, não era das esquadras, mas sim do facto de terem que operar com uma viatura que não estava preparada para levar o material. E eis que em 1997 estava de volta ao Pelotão de Reconhecimento e com o mesmo problema entre mãos.
Veiga da Fonseca teve um percurso militar bem curioso, merece uma referência especial! Voluntário para as Tropas Pára-quedistas em 1988, fez a sua formação na Base Escola de Tropas Pára-quedistas onde foi depois instrutor de diversos cursos até 1990 e passou à disponibilidade. Em 1992 (ainda no tempo do CTP - Corpo de Tropas Pára-quedistas da Força Aérea) ofereceu-se para participar no exercício Júpiter como Reservista, modalidade que o CTP manteve a funcionar até à sua extinção. Nesse ano foi publicada uma lei que possibilitava o reingresso nas fileiras de militares na disponibilidade, Veiga da Fonseca ofereceu-se mas levou com um balde de água fria, o CTP não se mostrou interessado. Não desistiu e ofereceu-se para o Exército tendo sido colocado no Regimento de Comandos: A ideia era ir fazer o Curso de Comandos do Quadro Permanente (os que já eram Oficiais ou Sargentos Milicianos seguiam essa via), numa altura onde já se sabia que os Comandos iam ser extintos, e que esse seria o último curso. No final das provas ficamos apurados apenas 4, para um curso que demorava 3 meses e que envolvia cerca de 50 instrutores. Claro que o curso não se realizou . Assim foi colocado na Companhia de Manutenção do Regimento e ofereceu-se para as agora denominadas Tropas Aerotransportadas! Fez a reciclagem em Dezembro de 1993 - instrução de pára-quedismo dada em Tancos e obrigatória para quem vinha do Exército e tinha cursos e pára-quedismo feitos no estrangeiro - e em 1 de Janeiro de 1994 é transferido para o 1.º Batalhão de Infantaria Aerotransportado que ficou colocado em Tancos (ex-Base Aérea 3). Em 1995 comanda o Pelotão de Reconhecimento deste batalhão e, depois da Bósnia em 1996, ainda fez uma outra missão neste teatro de operações como adjunto do oficial de Assuntos Civis e outra em Timor, onde foi Comandante do Pelotão de Reconhecimento do Batalhão (integrado na 13.ª Companhia de Pára-quedistas)/Força de Intervenção Rápida do Sector Central da ONU em Timor. Passou à disponibilidade em 2003 com mais de 11 anos de serviço quando era Comandante da Companhia de Apoio de Combate do 1.º Batalhão de Infantaria Pára-quedistas em Tomar.
Não sendo original a transformação pelos utilizadores militares de viaturas para as adequar às necessidades surgidas em campanha, este é mais um caso, made in Portugal, que não teve continuidade mas que julgamos ter interesse apresentar aqui no Operacional. Porque mostra que é possível fazer algo de inovador quando se tem vontade e algum apoio e porque, quem sabe, volte a inspirar quem sente hoje o mesmo que sentiram na altura os construtores do UMM RECON e novos projectos surjam.
O UMM nas Tropas Pára-quedistas
No rescaldo do regresso a Portugal europeu dos contingentes militares que haviam travado a nossa última guerra em África e das vicissitudes do processo revolucionário de 1975, as Forças de Segurança e as Forças Armadas Portuguesas necessitavam de renovar a sua frota de viaturas administrativas para uso geral e também em grande medida as viaturas tácticas 4X4. A situação nos diferentes ramos, diferentes eram, mas algumas semelhanças tinham. Entre outras (como hoje e quase sempre ao longo da história), uma grande diversidade de marcas e modelos em uso e muitas a gasolina, combustível que estava (já então!) cada vez mais caro.
Assim, a Guarda Nacional Republicana, o Exército e o Corpo de Tropas Pára-quedistas da Força Aérea entre outros departamentos oficiais, viram na viatura proposta pela União Metalo-Mecânica, UMM Cournil, por motivos que agora não iremos aprofundar, mas entre os quais naturalmente se destacavam o baixo preço e o facto de serem construídos em Portugal, um boa oportunidade para renovar várias frotas.
Como bem sabe quem anda ou andou fardado, as aquisições de viaturas militares nem sempre correspondem exactamente às necessidades dos utilizadores. Em muitos casos isso nem se deve a nada de especial mas apenas para se conseguirem adquirir mais viaturas por um determinado preço, ainda que estas sejam mais simples do que seria desejável. Ou seja, em vez de pouco e bom, cada viatura com extras específicos, desenhada à medida do destinatário, as unidades operacionais acabam por receber viaturas tácticas iguais às viaturas administrativas. Nem sempre isso aconteceu mas aconteceu muito e a cor verde ou o padrão camuflado com que se pintam as viaturas militares, só por si, não faz uma viatura táctica. Infelizmente! E não se pense que isto é/foi exclusivo nacional. Por esse mundo civilizado muito disto foi visto, embora, cá como lá, estas últimas missões do Iraque e do Afeganistão e o tipo guerra que originaram, ano após ano, e as baixas causada nas forças de paz, levaram a alterações profundas. Entre nós - apesar do adiamento que se verifica no respectivo Programa da actual Lei de Programação Militar, ciclicamente preterido por outros menos úteis - também aconteceram muitas melhorias neste campo, ainda que não atingíssemos o desejável e comparável com os aliados envolvidos nas mesmas operações.
Os pára-quedistas haviam recebido a partir da sua compra em 1980, mais de 150 UMM Cournil que foram distribuídos não só para funções administrativas, mas sobretudo operacionais nas unidades da então existente Brigada de Pára-quedistas Ligeira (BRIPARAS) do Corpo de Tropas Pára-quedistas da Força Aérea. Dada a tremenda falta de viaturas tácticas que então a BRIPARAS sofria, a chegada dos Cournil foi uma lufada de ar fresco! Claro que a viatura era muito básica, e estamos a falar das primeiras que foram desde logo testadas em condições bem duras nos exercícios que a BRIPARAS fazia por todo o país, nomeadamente os da série Júpiter. Mas algumas modificações foram sendo sugeridas ao fabricante e teve que servir. Mais tarde os pára-quedistas também receberam os UMM Alter II (um luxo!), mas em menor quantidade e os UMM Cournil continuaram em uso. Alguns foram equipados com armamento (Browning 12,7mm, LGA Mk19, MG 42/54, míssil Milan, reboque de transporte de morteiro 81mm), outros adaptados para auto-macas, outros ainda transformados em ambulâncias e um ou outro dotado de capota metálica para utilização administrativa.
Os UMM "Cournil" foram uma lufada de ar fresco na BRIPARAS, sujeitos a múltiplos usos (aqui a rebocar morteiros de um Pelotão de Apoio), mas com evidentes limitações. Tinham que evoluir e foi isso que aconteceu.
Nos últimos anos dos Pára-quedistas na Força Aérea, mesmo depois da chegada dos "Alter II", alguns UMM "Cournil" receberam, algumas modificações e suportes para armamento. Melhorou-se, mas ainda era sem dúvida insuficiente.
Entretanto as Tropas Pára-quedistas foram transferidas da Força Aérea para o Exército em 1 de Janeiro de 1994 e bem assim como todo o seu pessoal, material, armamento e infra-estruturas. Por seu lado algum, pouco, pessoal, material e armamento do Exército passou a ser usado nas unidades pára-quedistas. Em termos de viaturas o lote mais significativo terá sido proveniente do Regimento de Comandos, o qual incluía alguns UMM Cournil, bem usados.
Em 1996 surge a missão na Bósnia-Herzegovina e o 2.º Batalhão de Infantaria Aerotransportado que a iria cumprir já não leva os seus UMM Cournil. Considerou-se (e bem!) que não estavam em condições operacionais e assim alguns UMM Alter II lá rumaram aos Balcãs. Cumpriram com brio, não havendo outros, eram os melhores! Na realidade, embora sem qualquer protecção balística e com condições de habitabilidade muito espartanas - ali operava-se meses seguidos com temperaturas negativas - o Alter acabou por ter um desempenho em estrada e em todo-o-terreno, com e sem neve, muito razoável, sendo as dimensões uma das suas principais mais-valias em muitas missões dentro e fora de povoações.
O "Alter II" cumpriu com brio a missão na Bósnia e em outros teatros de operações, mas tinha limitações de monta no que respeitava às missões tácticas.
UMM RECON
A «PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DE VIATURAS LIGEIRAS DOS PEL REC DOS BIAT» elaborada pelo Tenente RC Pára-quedista João Veiga da Fonseca, Comandante do Pelotão de Reconhecimento da Companhia de Apoio de Combate do 1.º Batalhão de Infantaria Pára-quedista, é um documento muito interessante e que nos serve de guia para este texto que se segue. Os anos de experiência no terreno, a curiosidade pelo que de melhor se ia fazendo no estrangeiro, alguma irrequietude, o apoio do escalão superior e um conjunto de militares com capacidades várias, fizeram o UMM RECON (nome que não era o usado na época como se verá, a proposta apontava para designações adaptadas à doutrina em vigor no Exercito).
A ideia era fazer-se um teste transformando um dos Cournil (que seriam abatidos em breve), e retirar as lições necessárias para fazer uma proposta idêntica vocacionada para o UMM Alter II.
Ficam-nos na memória imagens de pelotões de reconhecimento em missão na Bósnia, a digladiarem-se diariamente com a falta de espaço; a falta de apoios e pontos de fixação de material que resultavam numa caixa atulhada com material solto e empilhado, de difícil acesso e sujeito a um desgaste superior ao que seria normal; a falta de equipamento que seria de todo razoável existir na palamenta de um veículo com características adaptadas a essa missão, o que resultava em paragens de funcionamento absolutamente desnecessárias. Lê-se na introdução justificativa para depois se afirmar que é necessário observar as características tácticas que a viatura deve possuir de maneira a servir a sua equipagem, analisar detalhadamente o equipamento a transportar em cada missão, a especificidade de equipamento de cada uma das esquadras. Tudo isto considerado, estaremos pois prontos para executar o seu respectivo plano de carregamento.
A abordagem do problema foi feita do modo mais prático possível! Coloquei o desafio ao pelotão da seguinte maneira: reunimos, ao lado de uma viatura, todo o material e munições de uma esquadra, colectivo e individual. Para se ter uma ideia, no chão e ao lado da viatura ocupava uma área quase igual à da própria viatura. E disse, simplesmente, que queria e esperava ideias e soluções brilhantes para resolver o imbróglio que era arrumar tudo aquilo. Tudo deveria ser devidamente acondicionado na viatura, preso à mesma com suportes, cintas ou o que se considerasse mais adequado, prático de utilizar e respeitando as regras básicas da ergonomia e, claro de segurança. Como a viatura não era blindada, previligiar-se-ia a capacidade de observação a 360º, e a capacidade de rápida entrada e saída na viatura, maximizando a possibilidade de resposta ao fogo e a sobrevivência da tripulação.
Havia necessidade de aumentar a autonomia (com suportes suplementares de jerricans de 20Lt, e transportar um 2º pneu sobresselente (para evitar deslocamentos à retaguarda para manutenção/reparação). Entre tantos outros pormenores
No pelotão tinha um serralheiro mecânico e um pintor profissional de automóveis, o que ajudou bastante na execução, já que deram formação a outros elementos do Pelotão que integraram nas suas equipas de trabalho específicas dentro do projecto.
Saliento que quer o estudo dos problemas, quer o desenvolvimento prático das soluções para os mesmos, foram fruto do empenho e colaboração de todos, do mais antigo ao mais moderno, diz-nos Veiga da Fonseca.
Sectores de vigilância/tiro
A última tentativa para dar utilidade operacional aos "Alter II" foi ensaiada num UMM "Cournil".
Necessidade sentida e campanha
Como tantas vezes acontece na tropa muitas ideias nascem nos baixos escalões e caminham depois para a concretização. Até unidades e muitos cursos têm nascido assim, em Portugal como no estrangeiro!
Corria o ano de 1997 e o então Alferes Pára-quedista em Regime de Contrato, João Veiga da Fonseca, hoje com 44 anos, estudante universitário e gerente de micro empresa que opera na área do treino de cães (Vipdog), regressava da missão na Bósnia-Herzegovina onde fora Comandante de um Pelotão de Atiradores: Recordo-me perfeitamente de ter ficado chocado, na Bósnia em 96, da maneira como continuavam equipadas aquelas viaturas. Olhava-se para o interior e o chão estava atulhado de material, que andava a chocalhar ao sabor das curvas e das travagens. O operador da arma colectiva pisava o material A culpa, note-se, não era das esquadras, mas sim do facto de terem que operar com uma viatura que não estava preparada para levar o material. E eis que em 1997 estava de volta ao Pelotão de Reconhecimento e com o mesmo problema entre mãos.
Veiga da Fonseca teve um percurso militar bem curioso, merece uma referência especial! Voluntário para as Tropas Pára-quedistas em 1988, fez a sua formação na Base Escola de Tropas Pára-quedistas onde foi depois instrutor de diversos cursos até 1990 e passou à disponibilidade. Em 1992 (ainda no tempo do CTP - Corpo de Tropas Pára-quedistas da Força Aérea) ofereceu-se para participar no exercício Júpiter como Reservista, modalidade que o CTP manteve a funcionar até à sua extinção. Nesse ano foi publicada uma lei que possibilitava o reingresso nas fileiras de militares na disponibilidade, Veiga da Fonseca ofereceu-se mas levou com um balde de água fria, o CTP não se mostrou interessado. Não desistiu e ofereceu-se para o Exército tendo sido colocado no Regimento de Comandos: A ideia era ir fazer o Curso de Comandos do Quadro Permanente (os que já eram Oficiais ou Sargentos Milicianos seguiam essa via), numa altura onde já se sabia que os Comandos iam ser extintos, e que esse seria o último curso. No final das provas ficamos apurados apenas 4, para um curso que demorava 3 meses e que envolvia cerca de 50 instrutores. Claro que o curso não se realizou . Assim foi colocado na Companhia de Manutenção do Regimento e ofereceu-se para as agora denominadas Tropas Aerotransportadas! Fez a reciclagem em Dezembro de 1993 - instrução de pára-quedismo dada em Tancos e obrigatória para quem vinha do Exército e tinha cursos e pára-quedismo feitos no estrangeiro - e em 1 de Janeiro de 1994 é transferido para o 1.º Batalhão de Infantaria Aerotransportado que ficou colocado em Tancos (ex-Base Aérea 3). Em 1995 comanda o Pelotão de Reconhecimento deste batalhão e, depois da Bósnia em 1996, ainda fez uma outra missão neste teatro de operações como adjunto do oficial de Assuntos Civis e outra em Timor, onde foi Comandante do Pelotão de Reconhecimento do Batalhão (integrado na 13.ª Companhia de Pára-quedistas)/Força de Intervenção Rápida do Sector Central da ONU em Timor. Passou à disponibilidade em 2003 com mais de 11 anos de serviço quando era Comandante da Companhia de Apoio de Combate do 1.º Batalhão de Infantaria Pára-quedistas em Tomar.
Não sendo original a transformação pelos utilizadores militares de viaturas para as adequar às necessidades surgidas em campanha, este é mais um caso, made in Portugal, que não teve continuidade mas que julgamos ter interesse apresentar aqui no Operacional. Porque mostra que é possível fazer algo de inovador quando se tem vontade e algum apoio e porque, quem sabe, volte a inspirar quem sente hoje o mesmo que sentiram na altura os construtores do UMM RECON e novos projectos surjam.
O UMM nas Tropas Pára-quedistas
No rescaldo do regresso a Portugal europeu dos contingentes militares que haviam travado a nossa última guerra em África e das vicissitudes do processo revolucionário de 1975, as Forças de Segurança e as Forças Armadas Portuguesas necessitavam de renovar a sua frota de viaturas administrativas para uso geral e também em grande medida as viaturas tácticas 4X4. A situação nos diferentes ramos, diferentes eram, mas algumas semelhanças tinham. Entre outras (como hoje e quase sempre ao longo da história), uma grande diversidade de marcas e modelos em uso e muitas a gasolina, combustível que estava (já então!) cada vez mais caro.
Assim, a Guarda Nacional Republicana, o Exército e o Corpo de Tropas Pára-quedistas da Força Aérea entre outros departamentos oficiais, viram na viatura proposta pela União Metalo-Mecânica, UMM Cournil, por motivos que agora não iremos aprofundar, mas entre os quais naturalmente se destacavam o baixo preço e o facto de serem construídos em Portugal, um boa oportunidade para renovar várias frotas.
Como bem sabe quem anda ou andou fardado, as aquisições de viaturas militares nem sempre correspondem exactamente às necessidades dos utilizadores. Em muitos casos isso nem se deve a nada de especial mas apenas para se conseguirem adquirir mais viaturas por um determinado preço, ainda que estas sejam mais simples do que seria desejável. Ou seja, em vez de pouco e bom, cada viatura com extras específicos, desenhada à medida do destinatário, as unidades operacionais acabam por receber viaturas tácticas iguais às viaturas administrativas. Nem sempre isso aconteceu mas aconteceu muito e a cor verde ou o padrão camuflado com que se pintam as viaturas militares, só por si, não faz uma viatura táctica. Infelizmente! E não se pense que isto é/foi exclusivo nacional. Por esse mundo civilizado muito disto foi visto, embora, cá como lá, estas últimas missões do Iraque e do Afeganistão e o tipo guerra que originaram, ano após ano, e as baixas causada nas forças de paz, levaram a alterações profundas. Entre nós - apesar do adiamento que se verifica no respectivo Programa da actual Lei de Programação Militar, ciclicamente preterido por outros menos úteis - também aconteceram muitas melhorias neste campo, ainda que não atingíssemos o desejável e comparável com os aliados envolvidos nas mesmas operações.
Esta viatura de reconhecimento, um UMM Cournil transformado em Tomar no Regimento de Infantaria N.º 15, foi exemplar único. Destinou-se a tentar um aproveitamento operacional de alguns dos UMM Alter II existentes nos finais dos anos 90.
A última tentativa para dar utilidade operacional aos "Alter II" foi ensaiada num UMM "Cournil".
Necessidade sentida e campanha
Como tantas vezes acontece na tropa muitas ideias nascem nos baixos escalões e caminham depois para a concretização. Até unidades e muitos cursos têm nascido assim, em Portugal como no estrangeiro!
Corria o ano de 1997 e o então Alferes Pára-quedista em Regime de Contrato, João Veiga da Fonseca, hoje com 44 anos, estudante universitário e gerente de micro empresa que opera na área do treino de cães (Vipdog), regressava da missão na Bósnia-Herzegovina onde fora Comandante de um Pelotão de Atiradores: Recordo-me perfeitamente de ter ficado chocado, na Bósnia em 96, da maneira como continuavam equipadas aquelas viaturas. Olhava-se para o interior e o chão estava atulhado de material, que andava a chocalhar ao sabor das curvas e das travagens. O operador da arma colectiva pisava o material A culpa, note-se, não era das esquadras, mas sim do facto de terem que operar com uma viatura que não estava preparada para levar o material. E eis que em 1997 estava de volta ao Pelotão de Reconhecimento e com o mesmo problema entre mãos.
Veiga da Fonseca teve um percurso militar bem curioso, merece uma referência especial! Voluntário para as Tropas Pára-quedistas em 1988, fez a sua formação na Base Escola de Tropas Pára-quedistas onde foi depois instrutor de diversos cursos até 1990 e passou à disponibilidade. Em 1992 (ainda no tempo do CTP - Corpo de Tropas Pára-quedistas da Força Aérea) ofereceu-se para participar no exercício Júpiter como Reservista, modalidade que o CTP manteve a funcionar até à sua extinção. Nesse ano foi publicada uma lei que possibilitava o reingresso nas fileiras de militares na disponibilidade, Veiga da Fonseca ofereceu-se mas levou com um balde de água fria, o CTP não se mostrou interessado. Não desistiu e ofereceu-se para o Exército tendo sido colocado no Regimento de Comandos: A ideia era ir fazer o Curso de Comandos do Quadro Permanente (os que já eram Oficiais ou Sargentos Milicianos seguiam essa via), numa altura onde já se sabia que os Comandos iam ser extintos, e que esse seria o último curso. No final das provas ficamos apurados apenas 4, para um curso que demorava 3 meses e que envolvia cerca de 50 instrutores. Claro que o curso não se realizou . Assim foi colocado na Companhia de Manutenção do Regimento e ofereceu-se para as agora denominadas Tropas Aerotransportadas! Fez a reciclagem em Dezembro de 1993 - instrução de pára-quedismo dada em Tancos e obrigatória para quem vinha do Exército e tinha cursos e pára-quedismo feitos no estrangeiro - e em 1 de Janeiro de 1994 é transferido para o 1.º Batalhão de Infantaria Aerotransportado que ficou colocado em Tancos (ex-Base Aérea 3). Em 1995 comanda o Pelotão de Reconhecimento deste batalhão e, depois da Bósnia em 1996, ainda fez uma outra missão neste teatro de operações como adjunto do oficial de Assuntos Civis e outra em Timor, onde foi Comandante do Pelotão de Reconhecimento do Batalhão (integrado na 13.ª Companhia de Pára-quedistas)/Força de Intervenção Rápida do Sector Central da ONU em Timor. Passou à disponibilidade em 2003 com mais de 11 anos de serviço quando era Comandante da Companhia de Apoio de Combate do 1.º Batalhão de Infantaria Pára-quedistas em Tomar.
Não sendo original a transformação pelos utilizadores militares de viaturas para as adequar às necessidades surgidas em campanha, este é mais um caso, made in Portugal, que não teve continuidade mas que julgamos ter interesse apresentar aqui no Operacional. Porque mostra que é possível fazer algo de inovador quando se tem vontade e algum apoio e porque, quem sabe, volte a inspirar quem sente hoje o mesmo que sentiram na altura os construtores do UMM RECON e novos projectos surjam.
O UMM nas Tropas Pára-quedistas
No rescaldo do regresso a Portugal europeu dos contingentes militares que haviam travado a nossa última guerra em África e das vicissitudes do processo revolucionário de 1975, as Forças de Segurança e as Forças Armadas Portuguesas necessitavam de renovar a sua frota de viaturas administrativas para uso geral e também em grande medida as viaturas tácticas 4X4. A situação nos diferentes ramos, diferentes eram, mas algumas semelhanças tinham. Entre outras (como hoje e quase sempre ao longo da história), uma grande diversidade de marcas e modelos em uso e muitas a gasolina, combustível que estava (já então!) cada vez mais caro.
Assim, a Guarda Nacional Republicana, o Exército e o Corpo de Tropas Pára-quedistas da Força Aérea entre outros departamentos oficiais, viram na viatura proposta pela União Metalo-Mecânica, UMM Cournil, por motivos que agora não iremos aprofundar, mas entre os quais naturalmente se destacavam o baixo preço e o facto de serem construídos em Portugal, um boa oportunidade para renovar várias frotas.
Como bem sabe quem anda ou andou fardado, as aquisições de viaturas militares nem sempre correspondem exactamente às necessidades dos utilizadores. Em muitos casos isso nem se deve a nada de especial mas apenas para se conseguirem adquirir mais viaturas por um determinado preço, ainda que estas sejam mais simples do que seria desejável. Ou seja, em vez de pouco e bom, cada viatura com extras específicos, desenhada à medida do destinatário, as unidades operacionais acabam por receber viaturas tácticas iguais às viaturas administrativas. Nem sempre isso aconteceu mas aconteceu muito e a cor verde ou o padrão camuflado com que se pintam as viaturas militares, só por si, não faz uma viatura táctica. Infelizmente! E não se pense que isto é/foi exclusivo nacional. Por esse mundo civilizado muito disto foi visto, embora, cá como lá, estas últimas missões do Iraque e do Afeganistão e o tipo guerra que originaram, ano após ano, e as baixas causada nas forças de paz, levaram a alterações profundas. Entre nós - apesar do adiamento que se verifica no respectivo Programa da actual Lei de Programação Militar, ciclicamente preterido por outros menos úteis - também aconteceram muitas melhorias neste campo, ainda que não atingíssemos o desejável e comparável com os aliados envolvidos nas mesmas operações.
Os pára-quedistas haviam recebido a partir da sua compra em 1980, mais de 150 UMM Cournil que foram distribuídos não só para funções administrativas, mas sobretudo operacionais nas unidades da então existente Brigada de Pára-quedistas Ligeira (BRIPARAS) do Corpo de Tropas Pára-quedistas da Força Aérea. Dada a tremenda falta de viaturas tácticas que então a BRIPARAS sofria, a chegada dos Cournil foi uma lufada de ar fresco! Claro que a viatura era muito básica, e estamos a falar das primeiras que foram desde logo testadas em condições bem duras nos exercícios que a BRIPARAS fazia por todo o país, nomeadamente os da série Júpiter. Mas algumas modificações foram sendo sugeridas ao fabricante e teve que servir. Mais tarde os pára-quedistas também receberam os UMM Alter II (um luxo!), mas em menor quantidade e os UMM Cournil continuaram em uso. Alguns foram equipados com armamento (Browning 12,7mm, LGA Mk19, MG 42/54, míssil Milan, reboque de transporte de morteiro 81mm), outros adaptados para auto-macas, outros ainda transformados em ambulâncias e um ou outro dotado de capota metálica para utilização administrativa.
Os UMM "Cournil" foram uma lufada de ar fresco na BRIPARAS, sujeitos a múltiplos usos (aqui a rebocar morteiros de um Pelotão de Apoio), mas com evidentes limitações. Tinham que evoluir e foi isso que aconteceu.
Nos últimos anos dos Pára-quedistas na Força Aérea, mesmo depois da chegada dos "Alter II", alguns UMM "Cournil" receberam, algumas modificações e suportes para armamento. Melhorou-se, mas ainda era sem dúvida insuficiente.
Entretanto as Tropas Pára-quedistas foram transferidas da Força Aérea para o Exército em 1 de Janeiro de 1994 e bem assim como todo o seu pessoal, material, armamento e infra-estruturas. Por seu lado algum, pouco, pessoal, material e armamento do Exército passou a ser usado nas unidades pára-quedistas. Em termos de viaturas o lote mais significativo terá sido proveniente do Regimento de Comandos, o qual incluía alguns UMM Cournil, bem usados.
Em 1996 surge a missão na Bósnia-Herzegovina e o 2.º Batalhão de Infantaria Aerotransportado que a iria cumprir já não leva os seus UMM Cournil. Considerou-se (e bem!) que não estavam em condições operacionais e assim alguns UMM Alter II lá rumaram aos Balcãs. Cumpriram com brio, não havendo outros, eram os melhores! Na realidade, embora sem qualquer protecção balística e com condições de habitabilidade muito espartanas - ali operava-se meses seguidos com temperaturas negativas - o Alter acabou por ter um desempenho em estrada e em todo-o-terreno, com e sem neve, muito razoável, sendo as dimensões uma das suas principais mais-valias em muitas missões dentro e fora de povoações.
O "Alter II" cumpriu com brio a missão na Bósnia e em outros teatros de operações, mas tinha limitações de monta no que respeitava às missões tácticas.
UMM RECON
A «PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DE VIATURAS LIGEIRAS DOS PEL REC DOS BIAT» elaborada pelo Tenente RC Pára-quedista João Veiga da Fonseca, Comandante do Pelotão de Reconhecimento da Companhia de Apoio de Combate do 1.º Batalhão de Infantaria Pára-quedista, é um documento muito interessante e que nos serve de guia para este texto que se segue. Os anos de experiência no terreno, a curiosidade pelo que de melhor se ia fazendo no estrangeiro, alguma irrequietude, o apoio do escalão superior e um conjunto de militares com capacidades várias, fizeram o UMM RECON (nome que não era o usado na época como se verá, a proposta apontava para designações adaptadas à doutrina em vigor no Exercito).
A ideia era fazer-se um teste transformando um dos Cournil (que seriam abatidos em breve), e retirar as lições necessárias para fazer uma proposta idêntica vocacionada para o UMM Alter II.
Ficam-nos na memória imagens de pelotões de reconhecimento em missão na Bósnia, a digladiarem-se diariamente com a falta de espaço; a falta de apoios e pontos de fixação de material que resultavam numa caixa atulhada com material solto e empilhado, de difícil acesso e sujeito a um desgaste superior ao que seria normal; a falta de equipamento que seria de todo razoável existir na palamenta de um veículo com características adaptadas a essa missão, o que resultava em paragens de funcionamento absolutamente desnecessárias. Lê-se na introdução justificativa para depois se afirmar que é necessário observar as características tácticas que a viatura deve possuir de maneira a servir a sua equipagem, analisar detalhadamente o equipamento a transportar em cada missão, a especificidade de equipamento de cada uma das esquadras. Tudo isto considerado, estaremos pois prontos para executar o seu respectivo plano de carregamento.
A abordagem do problema foi feita do modo mais prático possível! Coloquei o desafio ao pelotão da seguinte maneira: reunimos, ao lado de uma viatura, todo o material e munições de uma esquadra, colectivo e individual. Para se ter uma ideia, no chão e ao lado da viatura ocupava uma área quase igual à da própria viatura. E disse, simplesmente, que queria e esperava ideias e soluções brilhantes para resolver o imbróglio que era arrumar tudo aquilo. Tudo deveria ser devidamente acondicionado na viatura, preso à mesma com suportes, cintas ou o que se considerasse mais adequado, prático de utilizar e respeitando as regras básicas da ergonomia e, claro de segurança. Como a viatura não era blindada, previligiar-se-ia a capacidade de observação a 360º, e a capacidade de rápida entrada e saída na viatura, maximizando a possibilidade de resposta ao fogo e a sobrevivência da tripulação.
Havia necessidade de aumentar a autonomia (com suportes suplementares de jerricans de 20Lt, e transportar um 2º pneu sobresselente (para evitar deslocamentos à retaguarda para manutenção/reparação). Entre tantos outros pormenores
No pelotão tinha um serralheiro mecânico e um pintor profissional de automóveis, o que ajudou bastante na execução, já que deram formação a outros elementos do Pelotão que integraram nas suas equipas de trabalho específicas dentro do projecto.
Saliento que quer o estudo dos problemas, quer o desenvolvimento prático das soluções para os mesmos, foram fruto do empenho e colaboração de todos, do mais antigo ao mais moderno, diz-nos Veiga da Fonseca.
Sectores de vigilância/tiro